Solavancos O mercado de luxo, composto por itens que não são de primeira necessidade, foi particularmente afetado pelos anos de recessão ou baixo crescimento registrados desde 2014. Dependente de importações, o segmento também sofre com os solavancos do câmbio e o peso dos impostos - em média, 55% do preço final de um relógio suíço vendido no Brasil é de tributos. Outro fator a afetar as vendas no País é o "status" que muitos consumidores veem na compra internacional. Estima-se que, para cada relógio suíço comprado por um brasileiro no País, dez sejam comprados no exterior.Mais portas fechadas. O encolhimento do mercado de luxo não se restringe à relojoaria. Nos últimos meses, marcas como Ralph Lauren, Versace e Lanvin também anunciaram a decisão de deixar o País. O grupo Richemont, de capital aberto, não revela suas receitas no Brasil isoladamente. No mundo, as vendas superam EUR 10 bilhões por ano. No Brasil, IWC e Panerai informaram que "a princípio, não haverá fechamento no caso das boutiques". Procurado, o grupo não respondeu até o fechamento desta Coluna.//Patrick Cruz