EXCLUSIVO PARA ASSINANTES
Foto do(a) coluna

Bastidores do mundo dos negócios

Dotz negocia com gestoras âncoras para mudar estrutura de seu IPO

PUBLICIDADE

Foto do author Cynthia Decloedt
Por Cynthia Decloedt (Broadcast)
Atualização:
 Foto: Daniel Teixeira/Estadão

A Dotz, empresa de tecnologia de programa de fidelidade que permite acumular pontos para serem trocados por serviços e produtos, estuda alternativas para levar adiante sua captação, após decidir suspender sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) na quinta. A solução está sendo negociada com as gestoras Ant Capital, Velt e Farallon, que ancoravam a oferta, e pode resultar na restrição a investidores qualificados.

PUBLICIDADE

Até aqui a oferta estava prevista para ser distribuída também ao varejo. A Dotz pretendia captar cerca de R$ 700 milhões e tinha quase a metade dos recursos garantidos pelos investidores âncoras. O gigante Softbank também estava entre os que manifestaram interesse em entrar na oferta.

Além da volatilidade externa e da tensão no mercado local, que já derrubou parte dos IPOs programados para as últimas semanas, comentários do mercado davam conta que a presença da Farallon, especializada na compra de ativos alternativos e de maior risco, intimidou a entrada de alguns investidores.

Gestora Farallon emprestou R$ 100 mi à Dotz

Em 2017, a Farallon fez um empréstimo à Dotz de mais de R$ 100 milhões, por meio de debêntures conversíveis em ações. O plano é liquidar essa dívida com os recursos do IPO. Além disso, a Farallon tem um bônus de subscrição de 5% de participação na Dotz, que será exercido antes da oferta de ações. A posição seria diluída no IPO, mas posteriormente recomposta, já que a gestora norte-americana havia se comprometido a ficar com R$ 50 milhões da oferta.

Publicidade

A Ant Capital adquiriu recentemente uma participação de 5% na Dotz. Mas ainda tem a opção de adquirir mais 10% das ações a 120% do preço do IPO ou a 75% da média de preço dos 30 dias anteriores do exercício da opção.

A Dotz anunciou que teve prejuízo de R$ 22 milhões no primeiro trimestre, com melhora de 19% em relação aos primeiros três meses de 2020, quando perdeu R$ 27,2 milhões. A empresa esperar gerar melhores resultados a partir do segundo trimestre. Procurada, a Dotz não comentou.

Esta reportagem foi publicada no Broadcast+ no dia 17/05, às 10h33.

O Broadcast+ é uma plataforma líder no mercado financeiro com notícias e cotações em tempo real, além de análises e outras funcionalidades para auxiliar na tomada de decisão.

Para saber mais sobre o Broadcast+ e solicitar uma demonstração, acesse.

Publicidade

Contato: colunabroadcast@estadao.com

Siga a @colunadobroad no Twitter

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.