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Bastidores do mundo dos negócios

Em meio à crise das startups, Creditas busca R$ 700 mi para financiar cliente

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Por Altamiro Silva Junior (Broadcast)
Atualização:
Recurso será usado para bancar sobretudo o financiamento de automóveis Sérgio Castro/Estadão Foto: Estadão

Em um ambiente cada vez mais difícil para as fintechs e empresas nascentes de tecnologia captarem recursos no mercado financeiro, por causa da elevação dos juros no Brasil e no mundo, a Creditas pretende captar em agosto ao menos R$ 700 milhões por meio de um fundo de recebíveis. Os recursos serão usados para bancar as operações de crédito da fintech, especialmente de financiamento de automóveis. Dependendo da demanda, mais R$ 140 milhões podem ser ofertados, em lotes extras.

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Juros na captação ficaram mais salgados

Com a liquidez mais escassa na bolsa e nas rodadas de captação, os fundos de recebíveis estão sendo mais utilizados como forma de captação, mas com taxas bem mais salgadas para quem planeja captar. No fim de junho, o banco digital Neon captou R$ 400 milhões também via fundo de recebível e sinalizou que pode fazer nova oferta este ano. A remuneração aos investidores foi de 18,5% ao ano, considerando a Selic a 13,25%. A Creditas está sinalizando um pouco menos, 17,25% em uma das séries, 16,25% em outra, mas ainda assim bem acima da realidade de quando a Selic estava em 2%.

O fundo da Creditas vai ser apresentado a potenciais investidores brasileiros em reuniões (roadshows) a partir de 12 de agosto. A precificação da operação está prevista para o dia 9 de setembro. A operação da Creditas tem a XP como coordenador-líder.

Cenário ruim fez empresa suspender plano de IPO nos EUA

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A Creditas tinha planos de fazer uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) nos Estados Unidos em 2022, mas o ambiente de juros em alta e a maior cautela dos investidores com a economia paralisaram essas operações em Wall Street e no Brasil. Além do financiamento de veículos, a Creditas atua em outras modalidades, como imóveis. Na semana passada, lançou um fundo imobiliário em parceria com a gestora Kinea, do Itaú.

Fundada em janeiro, a Creditas já captou US$ 829 milhões em várias rodadas de aportes. A última foi no fim de janeiro e avaliou a fintech em US$ 4,8 bilhões, em rodada que atraiu o fundo americano Fidelity Investments. O gigante japonês Softbank, investidor antigo da Creditas, acompanhou a rodada.

Em período de silêncio, a Creditas não se pronunciou.

 

Esta nota foi publicada no Broadcast no dia 04/07/22, às 17h26

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