Quer pagar quando? Normalmente, o vencimento de 10 anos é uma referência, mas as operações recentes de emissores latino-americanos têm ficado entre 5 a 7 anos. A troca de papéis da Cielo deve ser engatilhada nos próximos meses e a ideia da companhia, conforme informações que circulam no mercado, é captar somente recursos que sejam suficientes para fazer essa troca. A companhia tem folga de caixa, acesso a funding via seu fundo de direito creditório (FIDC), mas busca fazer um melhor uso do capital para ter munição suficiente para a guerra das maquininhas.
Túnel do tempo. A Cielo emitiu os bônus em 2012 para pagamento da aquisição da americana Merchant e-Solutions (MeS) - na época de US$ 670 milhões, marcando sua estreia neste mercado em um dos anos de pico de emissões de brasileiros no exterior. Os bônus pagam juro semestral de 3,75% ao ano. Em janeiro de 2019, a Cielo contratou uma operação de hedge, no valor de US$ 475 milhões e com vencimento no começo de julho, para se proteger da variação cambial.
Tem mais. O ano de 2023 também é pesado em vencimentos de dívidas para a Cielo. Mais R$ 3,35 bilhões em debêntures privadas, emitidas no ano de 2015 para fazer frente ao pagamento da Cateno, joint venture firmada com o Banco do Brasil que atua no processamento de cartões, vencem no final daquele ano. Procurada, a Cielo disse que "avalia todas as possibilidades e cenários, mas não comenta o tema em questão".
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