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Em meio à guerra, startup brasileira envia à Ucrânia máquinas para purificar água

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Por Talita Nascimento
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Carga de máquinas para purificação de água da PWTech enviada à Ucrânia  Foto: PWTech/Divulgação

Uma startup brasileira enviou para a Ucrânia 50 máquinas capazes de purificar água e torná-la potável. Os equipamentos foram comprados por meio de uma licitação internacional feita pelo Escritório das Nações Unidas para Serviços de Projetos (Unops), da ONU. O transporte foi feito até a Polônia em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) e, de lá, caminhões fizeram a distribuição para as cidades ucranianas.

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Após o início dos bombardeios da Rússia ao país vizinho, um avião cargueiro da FAB decolou, com destino a Varsóvia, capital da Polônia, para uma missão de repatriação de brasileiros que fugiam da Ucrânia e, na ida, transportou as máquinas desenvolvidas pela startup brasileira PWTech. A iniciativa da ONU se deu devido ao comprometimento dos sistemas de abastecimento de água de muitas cidades da Ucrânia. É o caso de Mariupol, onde estima-se que 400 mil pessoas estejam há semanas sem água, suprimentos médicos e energia.

Cada unidade do PW5660, o aparelho enviado, pesa 12 quilos e é capaz de purificar quase 6 mil litros de água por dia. Estima-se que cada uma custe cerca de R$ 13 mil.

Condições difíceis

A cofundadora da PWTech, Maria Helena Cursino, diz que os aparelhos foram concebidos para funcionar em condições difíceis. Assim, são portáteis e funcionam com qualquer tipo de energia. É possível conectá-los a um painel solar, à energia elétrica, a geradores a diesel, ou fazê-los funcionar com o inversor da bateria veicular.

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A atuação da startup em situações de crises humanitárias começou ao ser selecionada pela Unops, para o fornecimento de equipamentos para o Ibama e o ICM-Bio para prevenção de incêndios. Um ano depois, foram acionados no terremoto no Haiti pela Agência Brasileira de Cooperação (ABC). Segundo ela, os equipamentos permitiram que 150 mil famílias haitianas tivessem acesso à água potável.

Na Ucrânia, o convite foi relâmpago. A convocação aconteceu na segunda de Carnaval e, em dois dias, os equipamentos foram providenciados.

O faturamento da startup em 2021, foi de R$ 2 milhões. Para 2022, a meta é chegar aos R$ 4 milhões. Segundo Cursino, a expectativa de crescimento vem da prospecção de clientes locais. Hoje, a empresa venda equipamentos para indústria e empresas de construção, que querem ter água potável mais barata nos canteiros de obra.

 

Esta nota foi publicada no Broadcast no dia 23/03/22, às 09h56.

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