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Bastidores do mundo dos negócios

Emissões de bônus por empresas devem ficar na metade de janeiro de 2018

As captações externas das empresas em janeiro deste ano devem ter volume bem inferior ao registrado no mesmo mês do ano passado. Embora habitualmente o início do ano seja aquecido para as emissões de bônus, uma vez que investidores estrangeiros estão montando suas carteiras, profissionais que assessoram companhias na estruturação de tais operações estão reticentes. Eles estimam algo em torno de US$ 2,5 bilhões, até o momento, para ser emitido em janeiro. O volume é pouco mais da metade do captado no mesmo mês do ano passado, quando as empresas levantaram US$ 4,4 bilhões, e também inferior aos US$ 5,2 bilhões emitidos em bônus em igual período de 2017.

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Por Coluna do Broadcast
Atualização:

Melhor aqui Dado o otimismo com a inauguração de um novo governo, a perspectiva de um montante menor de operações causa estranheza. No entanto, alguns fatores têm agido nesse sentido. Um deles é que, com a Selic baixa e os juros norte-americanos maiores, está mais barato captar aqui do que no exterior. Petrobras, por exemplo, anunciou em dezembro uma emissão de R$ 3 bilhões em debêntures, ainda a ser realizada. Mesmo assim, a companhia pode buscar algum dinheiro no exterior. No pipeline, duas empresas são responsáveis por cerca de US$ 2 bilhões do total de bônus previstos para serem emitidos em janeiro.

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Vitrine O Tesouro é outro forte candidato, com o único objetivo de sinalizar ao público a percepção do estrangeiro em relação ao Brasil com Jair Bolsonaro na condução do País. Portanto, é possível que, a depender do grau de entusiasmo dos investidores externos com uma eventual emissão do Tesouro, outras companhias se animem a ir ao mercado internacional. O apetite dos estrangeiros para os emergentes tem sido minado por dúvidas sobre o comportamento do juro norte-americano, que é a base do custo das emissões lá fora.

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