Vai fundo. Um dos aspectos positivos das disputa entre as maquininhas é o entendimento de que será uma forma de emplacar uma das metas do Banco Central desde a época de Ilan Goldfajn: reduzir o prazo de pagamento aos lojistas. No mundo inteiro, a prática é de dois dias (D+2) e não após um mês (D+30) como ocorre por aqui.
Buuu! Passado o susto com o anúncio da Rede, que isentou a antecipação de recebíveis para comerciantes com faturamento até R$ 30 milhões por ano e com conta no Itaú, cresce a leitura entre os concorrentes de que as coisas vão se ajustar. Uma possibilidade para compensar a antecipação em menos dias é o encarecimento das taxas cobradas no crédito à vista que, a despeito da guerra, continuam sendo cobradas normalmente. Na Rede, a mínima é de 2,64% para o pagamento em dois dias, mas pode superar 5% em alguns contratos. Antes da Rede, a Getnet, do Santander, cortou a taxa dos cartões de débito e crédito à vista para 2% com pagamento em até dois dias.
Pago quanto? O acirramento na 'guerra das maquininhas' chamou a atenção até de um gigante de fast food que procurou a dona de sua maquininha para saber se estava pagando caro ao aceitar os cartões. As grandes empresas, contudo, têm taxas mais atrativas por conta da quantidade e volume financeiro. Nesse caso, a resposta mostrou que a empresa pagava bem menos que as taxas oferecidas aos pequenos.
Letras miúdas. Na esteira da maior concorrência, a PagSeguro, do Uol, também fez um contra-ataque com o anúncio de um pagamento instantâneo, mas que exige uma leitura atenta por parte dos varejistas das condições comerciais nas 'letras miúdas'. Essa reação beneficia casos específicos e não engloba, por exemplo, o e-commerce. Procurado, o BC informou que "não comenta movimentos específicos de entes regulados".
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