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Bastidores do mundo dos negócios

Estrangeiros já mostram interesse na Ferrogrão

Antes mesmo do fechamento das urnas, as empresas que se juntaram para levar adiante a Ferrogrão perceberam crescer o interesse de investidores estrangeiros no projeto. Nos últimos três meses, a estruturadora Estação da Luz Participações (EDLP), que se juntou às tradings Amaggi, ADM, Bunge, Cargill e Dreyfus, recebeu visitas de fundos e investidores em infraestrutura da China, do Canadá e do Oriente Médio. Novas reuniões estão marcadas para os próximos meses, enquanto a EDLP trabalha na atualização do orçamento, já que o projeto foi apresentado ao governo em 2014. Com 933 quilômetros, a Ferrogrão levará os grãos desde Sinop (MT) ao porto de Miritituba (PA) e estava prevista para custar R$ 12,7 bilhões. Os novos números deverão estar prontos até março.

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Por Coluna do Broadcast
Atualização:

Reforço. Para ajudar a vender o projeto, a EDLP conta também com a expertise de Galib Chaim, ex-diretor-executivo da Vale, que participou da implantação da ferrovia do Corredor de Nacala, que corta Malaui e Moçambique, na África, bem como da duplicação da estrada de ferro de Carajás e do ramal ferroviário do projeto S11D da mineradora. Chaim presta serviços ao grupo que pretende levar a Ferrogrão adiante e fez um estudo profundo de implantação da obra.

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Vontade pública. Além disso, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, disse na cerimônia de posse, na quarta-feira, que "trabalhará com toda a energia para viabilizar a Ferrogrão". Em setembro, Freitas, então coordenador de Projetos do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), disse ao Estadão/Broadcast que, nos últimos dois anos, "vendeu" o projeto da Ferrogrão para diversos investidores no exterior, mas o tamanho do investimento e o longo prazo de maturação os assustavam. Com a mudança de posicionamento do novo governo, a EDLP acredita que o projeto sairá do papel.//CRISTIANE BARBIERI

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