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EVA quer usar biogás do 'pré-sal caipira' e aterros sanitários para gerar energia

 

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Por Wilian Miron
Atualização:

Usina de biogás na fazenda Mano Júlio, em Ipiranga do Norte (MT)  Foto: Eva Energia

O potencial energético do biogás gerado em fazendas de criação de suínos e gado, o chamado "pré-sal caipira", e as oportunidades que os aterros sanitários de grandes cidades trazem para a geração de energia próxima aos centros de consumo têm chamado a atenção de empresas como a EVA Energia, que pretende alcançar 44,4 megawatts (MW) capacidade instalada de termelétricas movidas a resíduos até o fim de 2022.

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"O momento é muito propício para as renováveis, devido à questão do preço da energia e os problemas de suprimento de energia [do País]", disse o presidente da EVA Energia, Eduardo Lima. Como as termelétricas instaladas em aterros sanitários ficam próximas aos maiores centros de carga, a empresa vê a possibilidade de crescer no modelo de geração distribuída (GD).

De acordo com ele, nos próximos meses a empresa tem um cronograma de implantação de projetos acelerado: em dezembro entram em operação 5 MW da usina implantada no aterro sanitário de Seropédica, no Rio de Janeiro, e em janeiro a empresa já inaugura um empreendimento com a mesma capacidade instalada na cidade de Mauá, na Grande São Paulo. Para o segundo semestre do ano que vem, a EVA deve colocar em funcionamento outros 5 MW no município fluminense de São Gonçalo.

Adicionalmente, a empresa tem projetos de geração de biogás para o mercado livre de energia com geração de 17 MW no aterro sanitário de Nova Iguaçu e 8,4 MW no aterro sanitário de São Gonçalo, ambos no Rio de Janeiro.

No pré-sal caipira, a empresa produz hoje 2 megawatts (MW) de energia aproveitando dejetos sólidos e líquidos de 300 mil suínos de uma fazenda da cidade de Ipiranga do Norte, em Mato Grosso. Esse projeto está em fase de ampliação, o que levará a capacidade instalada a 4 MW a partir de fevereiro de 2022.

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Segundo Lima, a geração de energia no campo é uma área na qual a empresa espera crescer nos próximos anos, devido ao alto potencial que esse mercado tem para a produção de biogás. Um estudo recente da Associação Brasileira do Biogás (Abiogás) aponta que o Brasil tem potencial para produzir 43,8 bilhões de metros cúbicos (m³) do insumo por ano, e o setor de proteína animal é responsável por 32% dessa capacidade. "O potencial do resíduo vindo de proteína [animal] é enorme no Brasil, mas os desafios também são grandes para obter constância e produção suficiente de biogás para gerar energia", disse.

 

Esta reportagem foi publicada no Broadcast Energia+ no dia 29/11/2021 às 13h04

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