Como funciona. O fundo conta com registro na Comissão de Valores Mobiliários e tem a estruturação, administração, custódia e operação sob cuidados da Socopa, que foi a vencedora do pregão para contratação dos serviços especializados. As negociações de compra e venda, portanto, são tratadas com a Socopa, que ficou responsável pelos imóveis. O valor de mercado das unidades é determinado por uma consultoria. O governo, por sua vez, tem representantes do conselho do fundo e participa da validação de cada venda.
Tem de tudo. O fundo é um balaio de imóveis variados: há terrenos (47,7% dos 264 imóveis), vagas de garagens (17,8%), salas comerciais (11,4%), residências (9,1%), além de glebas, galpões e até fazendas. Dar liquidez a esse conjunto não é tarefa fácil. Um terço deles têm ocupação irregular e ainda precisa ser devidamente regularizada, segundo Marcelo Varejão, diretor da Socopa.
Abrir capital. O regulamento do fundo permite até uma abertura do capital em Bolsa, permitindo a entrada de mais investidores. O dinheiro da emissão serviria para fazer caixa ou antecipar a remuneração do principal cotista - o próprio governo paulista. Isso não está no radar do curto prazo, mas pode ser analisado no futuro, diz Varejão.
Benchmark. Inédito no País, o fundo tem despertado o interesse de outras administrações públicas a adotarem o mesmo modelo para a venda de imóveis. Segundo ele, a corretora já recebeu consultas dos governos de Bahia, Piauí e Maranhão.