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Bastidores do mundo dos negócios

Fundos 'abutres' já sobrevoam debêntures da Rodovias do Tietê

Por Coluna do Broadcast
Atualização:
Rodovia dos Tamoios dá acesso ao litoral. Crédito da Foto: Sergio Castro / Estadão

 

Por Cynthia Decloedt

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Os fundos de investimentos especializados em ativos em situação de estresse financeiro, muitas vezes chamados de "abutres", estão de olho e acompanhando os desdobramentos relacionados ao pedido de recuperação judicial da Rodovias do Tietê. A maior parte da dívida da concessionária está nas mãos de mais de 15 mil pessoas físicas. Ao buscarem rentabilidade maior do que a renda fixa, investiram em papéis de dívida isentos de imposto de renda, as chamadas debêntures incentivadas de infraestrutura. O montante dessa dívida emitida pela Rodovias do Tietê alcança perto de R$ 1,5 bilhão. Conforme casas especializadas nesse tipo de negócio ouvidas pela Coluna, até o momento nenhuma oferta formal de compra do total desses créditos foi feita. Mas nos bastidores sondam o crédito.

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Na moita. Tanto que, algumas delas já compram esses papéis no mercado secundário de debêntures, para aumentar sua exposição ao ativo. Normalmente, os fundos especializados em ativos podres adquirem papéis com a expectativa de obter retorno com a aprovação de um plano de reestruturação da dívida, que costuma melhorar o preço dos papéis. Na segunda-feira, dia 18, as debêntures foram marcadas a zero - ou seja, deixaram de ter qualquer valor - pela XP Investimentos, onde grande parte desses papéis vinha sendo negociada. O procedimento é padrão dado o fato de que a concessionária está em recuperação judicial.

Primeira. A Rodovias do Tietê marcou a estreia desse instrumento de captação em 2013, sancionado pelo governo um ano antes para fomentar o investimento privado nos programas de concessões e investimentos em infraestrutura, previstos para os anos seguintes. Por ter isenção de imposto de renda, as debêntures de infraestrutura caíram no gosto das pessoas físicas, especialmente no segmento de alta renda dos bancos.

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