Big brother. Aquelas que cogitam estabelecer uma política de home office flexível pretendem adotar novas rotinas de compliance: 57% querem reforçar aquelas relacionadas à segurança da informação, 7% à comunicação interna e 4% nas rotinas de impacto trabalhista. Isso inclui melhorar o acompanhamento da cibersegurança, fazer um monitoramento mais ostensivo da rede e de e-mails, aprimorar a política de BYOD - do inglês bring your own device (traga seu próprio dispositivo) - e revisar a estrutura de TI na casa dos funcionários.
O retorno. Um total de 23% das gestoras já retomaram o dia a dia nos seus escritórios, segundo a pesquisa. A maioria (55%), no entanto, ainda não decidiu quando volta ao trabalho presencial. Para Nicole Dyskant, sócia da Compliasset, embora os profissionais dessas empresas sintam falta da troca diária de informações com a equipe para embasar as decisões de investimento, as áreas de compliance das gestoras ainda estão reticentes em assumir as responsabilidades trabalhistas e de saúde do retorno, já que ficou claro que é viável operar remotamente.
Sob controle. Em relação às novas práticas incorporadas em função do home office adotado na pandemia, 33% já reforçaram controles internos e segurança da informação no período. As gestoras citaram a realização de teleconferências matinais diárias, monitoramento prévio de operações com mais detalhes e maior acompanhamento de riscos operacionais. Como ficou mais difícil monitorar ligações telefônicas - que passaram a ser feitas por celulares ou telefones fixos residenciais -, as assets passaram a enviar mais lembretes por e-mail sobre a necessidade de os profissionais fazerem o reporte de ligações com potenciais detentores de informações materiais e não públicas. Muitas avaliam contratar um sistema telefônico para uso em home office.
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