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Bastidores do mundo dos negócios

GPA teve ofertas para vender operações maduras, mas não levou adiante negociações

 

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Por Talita Nascimento
Atualização:

Empresa diz estar aberta a avaliar novas propostas  Foto: Felipe Rau/Estadão

Apesar de não ter um plano de vendas de ativos estruturado como o de seu controlador Casino, o GPA,  dono do Pão de Açúcar e do Extra recebeu ofertas por operações maduras e que não fazem parte de seu negócio principal. Estão nessa lista ativos da Argentina e do Uruguai (do Grupo Éxito, controlado pelo GPA), bem como farmácias, postos de gasolina e algumas propriedades imobiliárias no Brasil. "Recebemos propostas por alguns desses ativos", disse o presidente do GPA, Jorge Faiçal à Coluna, sem detalhar quais teriam recebido as ofertas, os interessados ou o preço oferecido. "São todas operações com as quais ganhamos dinheiro, sendo que só o Uruguai representa 9% da margem Ebitda (lucro antes de impostos, depreciação, amortização e juros, da sigla em inglês) da América do Sul. Portanto, não faz sentido vender nenhum desses ativos barato." Em suas palavras, as propostas recebidas eram insuficientes em relação à valorização que acreditavam justa.

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Guillaume Gras, diretor financeiro do GPA, afirmou que o grupo está aberto a avaliar novas propostas. Como não há necessidade de caixa, porém, reiterou que as operações não serão vendidas a qualquer preço. Gras também disse que o Éxito na Colômbia, onde está a matriz dessa operação, não foi posto à venda.

"Ativo de muito valor"

Sobre o delivery James, ainda não foi tomada qualquer decisão em relação a uma eventual venda. Até antes da pandemia, o grupo tinha clareza sobre a importância de desenvolver a própria operação para a entrega do varejo de alimentos. Com concorrentes de várias áreas investindo pesado no segmento, no entanto, o cenário mudou. "Se continuássemos com a mesma estratégia, perderíamos participação de mercado", diz Faiçal.

O James é uma empresa independente dentro do GPA e tem privilégios sobre concorrentes diretos. Para ele, continua como parte importante da estratégia, mas não mais entre as centrais. "Não há decisão sobre a venda do James porque ele tem uma base importante de consumidores fiéis, que tiveram um custo alto de aquisição, e não queremos ter o risco de perdê-la", diz.

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Sobre uma eventual venda do GPA como um todo, por parte do Casino, a direção brasileira diz apenas que o grupo não faz parte dos ativos a serem negociados. O Casino planejava vender 4,5 bilhões de euros em ativos e já conseguiu 3 bilhões de euros. "O GPA é um ativo de muito valor, com potencial de crescimento forte", diz Gras. "Mas não respondemos pelo Casino."

Esta nota foi publicada no Broadcast+ no dia 29/07/2021, às 14h29.

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