Circe Bonatelli
07 de outubro de 2021 | 05h30
Assim como no Airbnb, imóveis da Housi pertencem a pessoas físicas e investidores Foto: Tiago Queiroz/Estadão
A Housi, startup criada para desbravar o mercado de moradias sob demanda, está em fase de franco crescimento e prevê reunir em sua plataforma mais de 200 mil estúdios, apartamentos e quartos de hotel. Hoje são 130 mil. Um ano e meio atrás, eram só 5 mil. Detalhe: a empresa não é dona de um apartamento sequer.
Assim como na multinacional Airbnb, os imóveis da Housi pertencem a pessoas físicas, investidores e incorporadoras. O papel da startup é dar liquidez a essas unidades, oferecendo aos donos serviços de gestão, locação e venda, em troca de uma taxa de serviço. Por sua vez, os usuários finais podem escolher o apartamento no qual vão morar por semanas ou meses, de acordo com sua necessidade. Esse é o tal serviço de “moradia sob demanda”.
O empresário Alexandre Frankel, da incorporadora Vitacon, e um grupo de sócios têm 85% de participação na Housi, enquanto os outros 15% são do fundo norte-americano RedPoint Ventures, um dos primeiros a apostar na Netflix na década passada. Há dois anos, a RedPoint Ventures aportou R$ 50 milhões na startup brasileira.
A Housi está em 80 cidades e atende mais de 100 incorporadoras. Até o ano passado, a operação estava limitada ao município de São Paulo. Na visão de Frankel, a plataforma tem muito espaço para crescer, com ampliação da carteira de clientes e de locais de atuação. Há planos, inclusive, de chegar a outros países da América Latina no ano que vem.
O plano de expansão passa também pela inclusão de novos serviços no portfólio. O objetivo será o ramo financeiro, com oferta de antecipação de recebíveis de locação e modalidades de seguro, segundo Frankel. Ele gosta de pensar nos empreendimentos imobiliários como o hardware, e a startup como o software. “Em vez de fabricar os prédios, somos o programa que dá vida a eles”, metaforiza.
Esta nota foi publicada no Broadcast+ no dia 06/10/2021 às 17h34.
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