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Bastidores do mundo dos negócios

Ilegra passa a aceitar Bitcoin e planeja pagar salários em cripto

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Atualização:
Reuters Foto: Estadão

O uso de criptomoedas como meio de pagamento ainda não deslanchou, seja pela adoção restrita à parte da população, pela alta volatilidade das cotações ou pela desconfiança em relação a golpes e fraudes. A Ilegra, empresa tech fundada há 20 anos em Porto Alegre e com atuação global, porém, passou a aceitar Bitcoin como pagamento a seus serviços prestados na área de desenvolvimento de sistemas, suporte e inovação.

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O movimento é uma antecipação à tendência de uso amplo da moeda que virá, segundo o cofundador Ivã Dagoberto Boesing. Como a área financeira geralmente é conservadora, diz ele, levou dois anos para convencê-las  a olhar essa possibilidade.

Reserva de valor

Outra dificuldade foi se debruçar sobre a legislação, para entender as posições em cripto no caixa da empresa - que basicamente é como qualquer outro ativo do balanço patrimonial. De acordo com Boesing, a Ilegra não pretende vender os ativos, mas mantê-los no caixa como reserva de valor.

Pelo volume ainda ser pequeno, as operações da Ilegra são em uma conta na Mercado Bitcoin, cliente da empresa. Inicialmente serão aceitos pagamentos apenas na principal cripto, o Bitcoin. Na prática, os valores que entrarem serão logo convertidos para uma stablecoin pareada ao dólar, uma proteção com relação à alta oscilação típica deste mercado.

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A empresa tem atualmente 400 funcionários. Com a pandemia, fechou escritórios em outros países, como Portugal e Estados Unidos, mas expandiu seu caráter global com a consolidação do trabalho remoto. A possibilidade de pagar bônus ou parte dos salários em cripto também está no radar. A depender de questões trabalhistas, a empresa vê como um horizonte razoável o início do ano que vem, "talvez começando pelos colaboradores que estão no exterior", diz Boesing.

Com receita anual de R$ 100 milhões, a Ilegra tem uma área de investimento em startups e olha também para projetos de blockchain e finanças descentralizadas.

 

Esta nota foi publicada no Broadcast no dia 19/04/22, às 15h25.

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