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Bastidores do mundo dos negócios

Indústria de material de construção prepara pleitos para candidatos à Presidência

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Por Circe Bonatelli (Broadcast)
Atualização:
Pedidos do setor incluem desoneração para a construção industrializada. Foto: Daniel Teixeira / Estadão

 

Com as eleições logo ali, a Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) está preparando uma carta com os pleitos dos empresários aos candidatos que vão disputar a Presidência e os governos estaduais. No topo da lista estão a retomada das obras paradas, a continuidade de programas, como o Casa Verde e Amarela (CVA), e as concessões de infraestrutura - grandes fontes de demanda de materiais.

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Outra frente de pedidos está no campo fiscal. O setor pleiteia redução da carga tributária para a construção industrializada - quando os itens da construção são produzidos em fábricas e levados ao canteiro só para montagem. A ideia é equiparar a carga tributária à das obras tradicionais, que são menores.

A associação também quer mais fiscalização contra os produtos que não cumprem normas técnicas - algo que acontece majoritariamente entre os produtos importados da Ásia, embora também haja fabricantes locais fora da linha.

A Abramat está buscando, junto a outras associações do setor de construção, uma agenda com Bolsonaro e Lula. A instituição decidiu não assinar a carta em defesa da democracia, que teve apoio de Febraban e Fiesp, por considerar que houve uma conotação contrária a Bolsonaro.

Segundo Rodrigo Navarro, presidente da Abramat, a entidade não pode "fazer uso de algo que tenha conotação política. Parece que a carta é contra o presidente atual. Como pegou essa linha, não vamos entrar nessa discussão. Vamos sempre defender a democracia, é claro, mas não vamos polemizar nem de um lado, nem de outro."

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Vendas recuam 7,8% no ano

As vendas da indústria de materiais em julho caíram 3,3% na comparação com o mesmo mês do ano passado. No acumulado dos primeiros sete meses de 2022, as vendas recuaram 7,8% ante o mesmo período de 2021. A associação afirma que a sequência de quedas já era esperada, pois está relacionada à base de comparação mais forte. As vendas cresceram 8,1% em 2021.

A Abramat mantém a projeção de que as vendas do ano devem subir 1% em relação ao ano anterior. A expectativa é de recuperação dos negócios nos últimos meses do ano, ajudada pelo recuo na inflação e crescimento da economia. Há também a perspectiva de que o aumento do Auxílio Brasil, de R$ 400 para R$ 600, possa dar uma forcinha a mais.

Esta reportagem foi publicada no Broadcast+ no dia 08/08/2022, às 16:16.O Broadcast+ é uma plataforma líder no mercado financeiro com notícias e cotações em tempo real, além de análises e outras funcionalidades para auxiliar na tomada de decisão.

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