Uma das ofertas de ações que está desafiando a maior volatilidade do mercado, a Infracommerce terá, agora, de enfrentar questionamento de investidores. Um dos programas de remuneração da companhia, seu stock option (opção dada a funcionários de comprar ações a um preço determinado no futuro), destoa completamente da prática tradicional por envolver nada menos do que 17% do capital da empresa. O normal no mercado fica em, no máximo, 5% do capital.
A preocupação é que os acionistas que entrarem na oferta inicial de ações (IPO, pela sigla em inglês) tenham seus papéis diluídos quando os executivos exercerem o plano. Muita gente não colocou na conta essa diluição - que torna o preço proposto pelo papel no IPO mais caro.
No IPO, a empresa busca vender suas ações no intervalo de preço entre R$ 22 e R$ 28 - a definição será no dia 27. No caso da stock option, o valor para que os executivos exerçam esse direito é baixíssimo - na casa de R$ 1. Os planos são bem recentes, do fim de fevereiro e a possibilidade de exercício se dá, em boa parte, em um ano. Procurada, a Infracommerce não comentou.
Esta reportagem foi publicada no Broadcast+ no dia 13/04, às 14h19.
O Broadcast+ é uma plataforma líder no mercado financeiro com notícias e cotações em tempo real, além de análises e outras funcionalidades para auxiliar na tomada de decisão.
Para saber mais sobre o Broadcast+ e solicitar uma demonstração, acesse.
Contato: colunabroadcast@estadao.com
Siga a @colunadobroad no Twitter