A mais recente abertura de capital de um fundo de participação em infraestrutura (mais conhecido como FIP-IE) na B3, atraiu 3,8 mil pessoas físicas. A demanda superou a oferta em mais de três vezes, o que impôs rateio das cotas e evidencia a busca frenética dos investidores por novos ativos, com os juros reais perto de ficar zero no Brasil. O fundo em questão, cuja oferta somou R$ 480 milhões, é o Prisma Proton Energia.
Diferencial. Fundos de infraestrutura têm um diferencial que funciona como um imã para os investidores: isenção de imposto de renda nos rendimentos (leia-se dividendos) e no ganho de capital. Quem teve acesso ao Prisma Proton Energia, contudo, faz parte de um grupo seleto, o dos investidores qualificados, que são aqueles com mais de R$ 1 milhão em investimentos financeiros.
Perspectiva. Executivos desse mercado dizem que, por conta do atrativo tributário, o número de fundos listados deve ser maior que os imobiliários em poucos anos. Agora serão 12 FIP-IE listados na B3. Para título de comparação, os fundos imobiliários listados somam 269, com mais de um milhão de pessoas físicas como cotistas.
No bolso. O fundo é de renda e o seu estatuto permite incorporar apenas projetos que já estejam rodando. O portfólio de ativos será composto por quatro concessões de geração de energia solar. Os parques solares estão localizados na região Nordeste, mais especificamente na Paraíba (UFV Angico e UFV Malta), Pernambuco (UFV Agrestina) e Bahia (UFV Sobrado), conforme informações do prospecto da oferta. O retorno projetado é IPCA, acrescido de 6,50% ao ano, visto que a cota saiu no teto da faixa, dada a demanda.
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