O Itaú Unibanco aderiu à coalizão pelos fundos patrimoniais filantrópicos, movimento criado em 2019 pelo Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social (IDIS) e que tem 70 membros. Esses fundos nascem a partir de doações e, por serem administrados e geridos profissionalmente, garantem um fluxo perene de recursos para projetos filantrópicos. A ideia da coalização é fortalecer esse tipo de estrutura de alocação e gestão, conhecida internacionalmente como endowments. O Itaú assume a posição de parceiro master, representado pelas áreas de private banking e asset management nessa iniciativa.
Os fundos de endowment são investidores relevantes no mercado financeiro global. Os maiores deles são o Novo Nordisk Foundation, da Dinamarca, com mais de US$ 49 bilhões; e o da fundação Bill & Melinda Gates Foundation, do bilionário Bill Gates, fundador da Microsoft, de US$ 46 bilhões. O IDIS não tem um levantamento de quanto em recursos há investido em fundos patrimoniais do Brasil.
Educação e Cultura
O Itaú participa da gestão de fundos patrimoniais desde a década de 1980, na operação de produtos ligados ao conglomerado, especialmente o Instituto Unibanco e, posteriormente, a Fundação Itaú para Educação e Cultura. Essa atuação foi se expandindo ao longo do tempo para os clientes do banco. A instituição financeira atua na gestão de investimentos, estruturação e como agente fiduciário de tais fundos. Atualmente, o Itaú Unibanco tem R$ 10,3 bilhões sob gestão em fundos patrimoniais.
Até 2019, não havia regulamentação para o funcionamento de fundos patrimoniais. A lei 13.800 estabeleceu as regras para a criação de fundos patrimoniais segregados das entidades com o objetivo de arrecadar, gerir e destinar doações de pessoas físicas e jurídicas privadas para programas, projetos e demais finalidades de interesse público.
Esta nota foi publicada no Broadcast+ no dia 02/09/21 às 13h38.
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