A 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro deixou as portas da casa abertas para uma reunião sigilosa com o advogado Bruno Navega, responsável pela mediação entre a Oi e os credores que divergem sobre o novo de recuperação judicial da operadora. A mediação foi concluída na última semana, e o relatório com o balanço das conversas será apresentado pelo advogado ainda nesta semana.
Grandioso. O plano de recuperação judicial da Oi, que reorganizou R$ 65 bilhões em dívidas, foi aprovado pelos credores em dezembro de 2017, tornando-se o maior processo do tipo na América Latina até então.
Polêmico. Agora, será votada uma proposta de mudança no plano, por meio do qual a companhia pretende levantar R$ 22,8 bilhões com a venda um de conjunto de ativos, entre redes móveis, torres, data centers e até uma parte do negócio de fibra ótica. Em troca, a tele propõe pagar o restante das dívidas em um prazo menor do que o previsto, porém com descontos.
Há quem não goste. Mas a proposta enfrenta resistência de bancos como Itaú, Santander, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e China Development Bank (CDB) que acusam a Oi de querer mudar totalmente o plano em vez de fazer um mero aditamento.
E quem goste. Já os principais interessados na aprovação são os antigos detentores de títulos de dívidas da Oi (bondholders), que tiveram parte dos passivos convertidos em ações. Eles enxergam nessa liquidação de ativos a chance de amortização das dívidas remanescentes e valorização dos papéis em Bolsa.
Esta reportagem foi publicada no Broadcast+ no dia 12/08/2020 às 17:00:15 .
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