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Bastidores do mundo dos negócios

Latam ultrapassa Azul, lidera mercado em agosto e vê retomada no início de 2022

Por Juliana Estigarríbia
Atualização:
Latam está em recuperação judicial nos EUA    Foto: Paulo Whitaker/Reuters

A Latam Brasil assumiu a liderança do mercado doméstico em agosto, conforme dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A aérea registrou 35,3% de participação no período, seguida da Azul (34,5%) e da Gol (29,7%). De acordo com o diretor de vendas e marketing da Latam Brasil, Diogo Elias, o resultado se deve a uma combinação de produto e preços competitivos. O executivo estima que a companhia deve atingir o nível pré-covid ou até superá-lo no mercado doméstico no início de 2022.

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"Temos crescido com consistência e disciplina no mercado doméstico, além de mantermos nossa liderança no internacional. Temos sido mais eficientes", afirmou o executivo em entrevista exclusiva ao Broadcast.

A taxa de ocupação da Latam, em agosto, foi de 81,3%. Em abril deste ano, auge da segunda onda de covid-19 no País, esse índice estava em 72%. No internacional, a companhia encerrou agosto com 14% de market share entre as aéreas nacionais e estrangeiras que operam no Brasil.

Os dados divulgados pela Anac na noite de segunda-feira revelam ainda que a Latam passou de 700 mil passageiros totais (no doméstico e internacional) em abril deste ano, para 1,8 milhão em agosto.

De acordo com Elias, a empresa está adicionando malha de forma consistente, mas gradual. "Diferentemente das concorrentes, que aumentaram oferta e depois cancelaram voos, crescemos aos poucos. No primeiro trimestre de 2022, devemos estar com 100% do mercado doméstico de 2019 ou até mais."

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A Anac informou que a demanda por voos em agosto no mercado doméstico, medida em passageiro-quilômetro pago (RPK), recuou 22% sobre igual período de 2019, nível pré-pandemia. Já a oferta de assentos em agosto (medida em ASK) caiu 19,8% sobre igual intervalo de 2019.

As companhias aéreas transportaram mais de 5,5 milhões de passageiros no mês passado, volume 30% inferior ao registrado no mesmo período de 2019.

Internacional

O setor de aviação permanece impactado devido ao fechamento de fronteiras. Conforme dados da Anac, em agosto a demanda e a oferta por voos tiveram retração de 76,4% e 65,5%, respectivamente, em relação ao mesmo período de 2019 no segmento internacional.

Diogo Elias afirma que a forte retomada no mercado doméstico acontece, em parte, às custas do internacional, uma vez que ainda há incertezas acerca de quais países terão suas fronteiras abertas nos próximos meses e sob quais condições.

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"O brasileiro ainda não sabe se terá sua vacina aceita nos Estados Unidos, o mesmo acontece com alguns países da Europa. O cliente não vai ficar esperando essa definição, ele já está garantindo a sua passagem no mercado doméstico."

De acordo com o executivo, a recente explosão da busca por passagens para os Estados Unidos, decorrente do anúncio de reabertura das fronteiras do país em novembro, não resulta em aumento imediato de oferta. "A demanda internacional costuma levar mais tempo para ser atendida. Com o anúncio de reabertura das fronteiras norte-americanas, estamos reagindo com a malha para dezembro."

 

Esta reportagem foi publicada no Broadcast+ no dia 28/09/2021 às 06h00.

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