Bastidores do mundo dos negócios

Lipari, maior produtora de diamantes do Brasil, planeja IPO no Canadá


Por Bruno Villas Boas
No começo da pandemia, mercado de diamantes entrou em colapso no mundo    Foto: Reuters/Maxim Shemetov

Maior produtora de diamantes do Brasil, a Lipari Mineração planeja abrir capital na TSX Ventures, bolsa de venture capital em Toronto, no Canadá. O objetivo da empresa é levantar recursos para investir na operação de diamantes na Bahia, em um novo depósito no Pará e numa aquisição em Angola.

Em operação desde 2016, a Lipari é a primeira empresa a desenvolver a mineração a partir do kimberlito, a rocha matriz do diamante. A mina da empresa, a céu aberto, fica no município de Nordestina, no sertão da Bahia, distante cerca de 350 quilômetros da capital Salvador.

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Presidente da Lipari, o geólogo canadense Kenneth Wesley Johnson diz que ainda não tem uma avaliação do valor da empresa para a listagem. Ele  afirma que a empresa foi lucrativa em 2021. "Com os recursos vamos acelerar o nosso crescimento", afirma.

A Lipari estuda, atualmente, a aquisição de um projeto de diamantes em Angola, em estágio avançado de desenvolvimento, capaz de entrar rapidamente em produção. A aquisição dará escala para a empresa realizar o IPO e a oferta ajudará a financiar a operação no futuro.

"As minas de kimberlito na Angola são até cinco vezes maiores do que as que temos no Brasil. Angola também é interessante pelo idioma comum, pelo fato de existir um voo direto do Rio para Luanda", comenta Johnson, que explorou diamantes duas décadas em países africanos.

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A Lipari está investindo cerca de US$ 500 mil (cerca de R$ 3 milhões) para realizar perfurações em cinco kimberlitos no município de Viseu, no Pará. Se as perfurações se revelarem bem-sucedidas, a empresa espera desenvolver uma nova frente de produção local nos próximos anos. "Estamos apenas começando lá. E seguimos focados em kimberlitos, que é onde está o potencial de diamantes aqui no Brasil. Eu diria que, provavelmente, menos de 5% desse potencial no Brasil extraiu-se realmente amostra para conhecer sua qualidade e potencial", diz.

Pandemia

Durante a pandemia, a empresa chegou a considerar interromper a produção em abril de 2020. Naquele mês, o mercado de diamantes entrou em colapso no mundo, com as medidas de confinamento levando ao fechamento de joalherias e derrubando de 15% a 20% o preço da pedra preciosa.

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"O mercado já estava ruim em 2019, por causa de um excesso de oferta. Com a pandemia, as pessoas pararam de viajar, de comprar diamantes nos grandes mercados. O setor secou. Mas conseguimos manter a operação com apoio dos controladores", afirma Johnson.

O mercado de diamantes começou sua trajetória de recuperação no quarto trimestre de 2020. Em 2021, a Lipari produziu 135 mil quilates de diamantes, acima dos 115 mil quilates do ano anterior, gerando uma receita bruta de R$ 130 milhões para a empresa.

Para 2022, o geólogo espera que a produção fique em 110 mil quilates de diamantes. O volume menor é explicado por uma pausa na produção em janeiro para modernizar equipamentos. A empresa está investindo R$ 53 milhões na operação de diamantes em Nordestina.

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"A planta está ficando velha, com seis anos, e precisamos renovar equipamentos, o que nos custou quase um mês de produção. Isso vai estender a vida útil da mina de três a cinco anos", diz o executivo.

 

Esta reportagem foi publicada no Broadcast+  no dia 24/01/22, às 12h51.

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Contato: colunabroadcast@estadao.com

No começo da pandemia, mercado de diamantes entrou em colapso no mundo    Foto: Reuters/Maxim Shemetov

Maior produtora de diamantes do Brasil, a Lipari Mineração planeja abrir capital na TSX Ventures, bolsa de venture capital em Toronto, no Canadá. O objetivo da empresa é levantar recursos para investir na operação de diamantes na Bahia, em um novo depósito no Pará e numa aquisição em Angola.

Em operação desde 2016, a Lipari é a primeira empresa a desenvolver a mineração a partir do kimberlito, a rocha matriz do diamante. A mina da empresa, a céu aberto, fica no município de Nordestina, no sertão da Bahia, distante cerca de 350 quilômetros da capital Salvador.

Presidente da Lipari, o geólogo canadense Kenneth Wesley Johnson diz que ainda não tem uma avaliação do valor da empresa para a listagem. Ele  afirma que a empresa foi lucrativa em 2021. "Com os recursos vamos acelerar o nosso crescimento", afirma.

A Lipari estuda, atualmente, a aquisição de um projeto de diamantes em Angola, em estágio avançado de desenvolvimento, capaz de entrar rapidamente em produção. A aquisição dará escala para a empresa realizar o IPO e a oferta ajudará a financiar a operação no futuro.

"As minas de kimberlito na Angola são até cinco vezes maiores do que as que temos no Brasil. Angola também é interessante pelo idioma comum, pelo fato de existir um voo direto do Rio para Luanda", comenta Johnson, que explorou diamantes duas décadas em países africanos.

A Lipari está investindo cerca de US$ 500 mil (cerca de R$ 3 milhões) para realizar perfurações em cinco kimberlitos no município de Viseu, no Pará. Se as perfurações se revelarem bem-sucedidas, a empresa espera desenvolver uma nova frente de produção local nos próximos anos. "Estamos apenas começando lá. E seguimos focados em kimberlitos, que é onde está o potencial de diamantes aqui no Brasil. Eu diria que, provavelmente, menos de 5% desse potencial no Brasil extraiu-se realmente amostra para conhecer sua qualidade e potencial", diz.

Pandemia

Durante a pandemia, a empresa chegou a considerar interromper a produção em abril de 2020. Naquele mês, o mercado de diamantes entrou em colapso no mundo, com as medidas de confinamento levando ao fechamento de joalherias e derrubando de 15% a 20% o preço da pedra preciosa.

"O mercado já estava ruim em 2019, por causa de um excesso de oferta. Com a pandemia, as pessoas pararam de viajar, de comprar diamantes nos grandes mercados. O setor secou. Mas conseguimos manter a operação com apoio dos controladores", afirma Johnson.

O mercado de diamantes começou sua trajetória de recuperação no quarto trimestre de 2020. Em 2021, a Lipari produziu 135 mil quilates de diamantes, acima dos 115 mil quilates do ano anterior, gerando uma receita bruta de R$ 130 milhões para a empresa.

Para 2022, o geólogo espera que a produção fique em 110 mil quilates de diamantes. O volume menor é explicado por uma pausa na produção em janeiro para modernizar equipamentos. A empresa está investindo R$ 53 milhões na operação de diamantes em Nordestina.

"A planta está ficando velha, com seis anos, e precisamos renovar equipamentos, o que nos custou quase um mês de produção. Isso vai estender a vida útil da mina de três a cinco anos", diz o executivo.

 

Esta reportagem foi publicada no Broadcast+  no dia 24/01/22, às 12h51.

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No começo da pandemia, mercado de diamantes entrou em colapso no mundo    Foto: Reuters/Maxim Shemetov

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Em operação desde 2016, a Lipari é a primeira empresa a desenvolver a mineração a partir do kimberlito, a rocha matriz do diamante. A mina da empresa, a céu aberto, fica no município de Nordestina, no sertão da Bahia, distante cerca de 350 quilômetros da capital Salvador.

Presidente da Lipari, o geólogo canadense Kenneth Wesley Johnson diz que ainda não tem uma avaliação do valor da empresa para a listagem. Ele  afirma que a empresa foi lucrativa em 2021. "Com os recursos vamos acelerar o nosso crescimento", afirma.

A Lipari estuda, atualmente, a aquisição de um projeto de diamantes em Angola, em estágio avançado de desenvolvimento, capaz de entrar rapidamente em produção. A aquisição dará escala para a empresa realizar o IPO e a oferta ajudará a financiar a operação no futuro.

"As minas de kimberlito na Angola são até cinco vezes maiores do que as que temos no Brasil. Angola também é interessante pelo idioma comum, pelo fato de existir um voo direto do Rio para Luanda", comenta Johnson, que explorou diamantes duas décadas em países africanos.

A Lipari está investindo cerca de US$ 500 mil (cerca de R$ 3 milhões) para realizar perfurações em cinco kimberlitos no município de Viseu, no Pará. Se as perfurações se revelarem bem-sucedidas, a empresa espera desenvolver uma nova frente de produção local nos próximos anos. "Estamos apenas começando lá. E seguimos focados em kimberlitos, que é onde está o potencial de diamantes aqui no Brasil. Eu diria que, provavelmente, menos de 5% desse potencial no Brasil extraiu-se realmente amostra para conhecer sua qualidade e potencial", diz.

Pandemia

Durante a pandemia, a empresa chegou a considerar interromper a produção em abril de 2020. Naquele mês, o mercado de diamantes entrou em colapso no mundo, com as medidas de confinamento levando ao fechamento de joalherias e derrubando de 15% a 20% o preço da pedra preciosa.

"O mercado já estava ruim em 2019, por causa de um excesso de oferta. Com a pandemia, as pessoas pararam de viajar, de comprar diamantes nos grandes mercados. O setor secou. Mas conseguimos manter a operação com apoio dos controladores", afirma Johnson.

O mercado de diamantes começou sua trajetória de recuperação no quarto trimestre de 2020. Em 2021, a Lipari produziu 135 mil quilates de diamantes, acima dos 115 mil quilates do ano anterior, gerando uma receita bruta de R$ 130 milhões para a empresa.

Para 2022, o geólogo espera que a produção fique em 110 mil quilates de diamantes. O volume menor é explicado por uma pausa na produção em janeiro para modernizar equipamentos. A empresa está investindo R$ 53 milhões na operação de diamantes em Nordestina.

"A planta está ficando velha, com seis anos, e precisamos renovar equipamentos, o que nos custou quase um mês de produção. Isso vai estender a vida útil da mina de três a cinco anos", diz o executivo.

 

Esta reportagem foi publicada no Broadcast+  no dia 24/01/22, às 12h51.

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Maior produtora de diamantes do Brasil, a Lipari Mineração planeja abrir capital na TSX Ventures, bolsa de venture capital em Toronto, no Canadá. O objetivo da empresa é levantar recursos para investir na operação de diamantes na Bahia, em um novo depósito no Pará e numa aquisição em Angola.

Em operação desde 2016, a Lipari é a primeira empresa a desenvolver a mineração a partir do kimberlito, a rocha matriz do diamante. A mina da empresa, a céu aberto, fica no município de Nordestina, no sertão da Bahia, distante cerca de 350 quilômetros da capital Salvador.

Presidente da Lipari, o geólogo canadense Kenneth Wesley Johnson diz que ainda não tem uma avaliação do valor da empresa para a listagem. Ele  afirma que a empresa foi lucrativa em 2021. "Com os recursos vamos acelerar o nosso crescimento", afirma.

A Lipari estuda, atualmente, a aquisição de um projeto de diamantes em Angola, em estágio avançado de desenvolvimento, capaz de entrar rapidamente em produção. A aquisição dará escala para a empresa realizar o IPO e a oferta ajudará a financiar a operação no futuro.

"As minas de kimberlito na Angola são até cinco vezes maiores do que as que temos no Brasil. Angola também é interessante pelo idioma comum, pelo fato de existir um voo direto do Rio para Luanda", comenta Johnson, que explorou diamantes duas décadas em países africanos.

A Lipari está investindo cerca de US$ 500 mil (cerca de R$ 3 milhões) para realizar perfurações em cinco kimberlitos no município de Viseu, no Pará. Se as perfurações se revelarem bem-sucedidas, a empresa espera desenvolver uma nova frente de produção local nos próximos anos. "Estamos apenas começando lá. E seguimos focados em kimberlitos, que é onde está o potencial de diamantes aqui no Brasil. Eu diria que, provavelmente, menos de 5% desse potencial no Brasil extraiu-se realmente amostra para conhecer sua qualidade e potencial", diz.

Pandemia

Durante a pandemia, a empresa chegou a considerar interromper a produção em abril de 2020. Naquele mês, o mercado de diamantes entrou em colapso no mundo, com as medidas de confinamento levando ao fechamento de joalherias e derrubando de 15% a 20% o preço da pedra preciosa.

"O mercado já estava ruim em 2019, por causa de um excesso de oferta. Com a pandemia, as pessoas pararam de viajar, de comprar diamantes nos grandes mercados. O setor secou. Mas conseguimos manter a operação com apoio dos controladores", afirma Johnson.

O mercado de diamantes começou sua trajetória de recuperação no quarto trimestre de 2020. Em 2021, a Lipari produziu 135 mil quilates de diamantes, acima dos 115 mil quilates do ano anterior, gerando uma receita bruta de R$ 130 milhões para a empresa.

Para 2022, o geólogo espera que a produção fique em 110 mil quilates de diamantes. O volume menor é explicado por uma pausa na produção em janeiro para modernizar equipamentos. A empresa está investindo R$ 53 milhões na operação de diamantes em Nordestina.

"A planta está ficando velha, com seis anos, e precisamos renovar equipamentos, o que nos custou quase um mês de produção. Isso vai estender a vida útil da mina de três a cinco anos", diz o executivo.

 

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