A 2TM, holding do Mercado Bitcoin, fechou uma captação adicional (second closing) de mais de pouco mais de US$ 50 milhões, e atraiu os fundos 10T, do veterano de Wall Street, Dan Tapiero, e o Tribe Capital, ambos especializados em blockchain.
Essa rodada teve início de julho e foi liderada pelo SoftBank Latin America Fund, que investiu US$ 200 milhões, para dar vazão a uma agenda de aquisições e expansão aqui no Brasil e no exterior, com as quais a 2TM pretende construir um ecossistema de infraestrutura da nova economia. Entraram ainda na captação os brasileiros Pipo Capital, Endeavor e Traders Club, por meio do Scale Up Ventures Fund.
"Cripto é mais do que uma opção de investimento e somos um portal para conectar pessoas ao mundo digital", disse o CEO da 2TM, Reinaldo Rabelo, em entrevista ao Broadcast. Nesse rol de "utilidades", diz ele, estão a transformação de objetos de arte, jogos, coleções e ingressos em ativos digitais.
A 2TM recentemente adquiriu participação em quatro fintechs estrangeiras que operam no mundo virtual da arte, ou NFTs, que são tokens não replicáveis ou modificáveis. A empresa chegou inclusive a fazer a transação de uma delas com criptomoedas.
Rabelo afirma que a 2TM está construindo sua identidade dentro da nova economia, na qual os caminhos e capacidade de abrangência da tokenização estão sendo ainda debatidos globalmente.
"Ainda não sabemos qual a nossa função na nova economia, não está claro do ponto de vista de tecnologia e regulação. Qual seria a função da estrutura de blockchain tokenizada, porque ela só serve se for para resolver problemas, sem tirar a segurança do mercado, temos discutido isso", disse.
Segundo ele, a 2TM está se formatando como uma empresa de infraestrutura de mercado, o que justifica investimentos em empresas mais tradicionais, citando a Cerc, que é uma registradora de recebíveis e a SLTolls, clearing e plataforma de negociação digital de ativos.
Nesse sentido, ele não descarta que sua empresa venha a ser uma Bolsa de valores da nova economia. "Estamos olhando para a nova economia e se for o caso de nos tornarmos uma Bolsa, porque nossa atividade se parece com de uma bolsa, queremos ser diferente das que já existem hoje", diz.
Road map
O Mercado Bitcoin tinha pretensão de se listar na B3 ainda este ano, mas deu uma guinada nos planos depois do aporte do Softbank. Agora, a ideia é pensar no assunto a partir do início de 2023.
"Percorremos o caminho para abrir o capital, mas a possibilidade de fazer a captação com o Softbank fazia mais sentido para o momento no quaç as coisas estão sendo inventadas e não teríamos como explicar isso ao investidor trimestralmente", diz.
Os planos de agora em diante são a expansão visando ser a maior plataforma digital da América Latina. "Vamos entrar no México, onde temos observado oportunidades e temos um caminho e provavelmente Argentina, Colômbia e Chile", afirma. O mercado europeu também é observado, mas segundo ele, em segundo plano.
Esta nota foi publicada no Broadcast+ no dia 30/11/2021 às 09:30
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