Esse desenho seria necessário para possibilitar a ida da Gol ao segmento da B3, que só permite listagem de empresas com ações ordinárias. Esse modelo vem sendo esboçado porque a empresa não pode ter controle difuso por conta da legislação, que restringe em até 20% a participação de grupos estrangeiros no controle de companhias aéreas. Na prática, apesar desse movimento, a Gol não será uma corporation e seguirá controlada pela família Constantino. O assunto vem sendo, inclusive, acompanhado de perto pela associação que representa os acionistas minoritários, a Amec.
Direito?
Os minoritários querem reforçar o discurso de que os recentes movimentos têm machucado o mercado e princípios básicos de governança corporativa. Se a intenção da Gol for em frente, os acionistas minoritários, por exemplo, não terão direitos políticos diretamente na empresa operacional.
Lado a lado
Os acionistas minoritários da Smiles também já se organizam para negociar os termos do fechamento de capital da empresa de fidelidade, a ser incorporada pela Gol. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) acompanha o caso e abriu um processo para analisar a reestruturação societária. Procurada, a Gol não comentou. (com Letícia Fucuchima)
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