A nova proposta de reorganização societária envolvendo a Gol e sua controlada Smiles será, mais uma vez, objeto de análise por parte de acionistas minoritários. A reunião está marcada para amanhã pela Amec, associação que reúne 60 investidores institucionais, locais e estrangeiros, com mandatos de investimento no mercado brasileiro de ações de aproximadamente R$ 700 bilhões.
De volta ao passado. O assunto na mesa não é novo: é a 3ª tentativa da Gol de incorporar as ações da empresa de fidelidade, que também tem capital aberto na B3. A prioridade dos minoritários, apurou a Coluna, está principalmente dois itens: o comitê de análise da proposta e uma regra da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sobre incorporações.
Sem vícios. O comitê chamado pela Smiles para analisar a proposta de sua controladora é formado por Edmar Prado Lopes Neto, membro suplente do conselho de administração, Rogério Rodrigues Bimbi, membro titular do colegiado e Rômulo de Mello Dias, que foi escolhido por ambos. A intenção é jogar o holofote se o comitê é, de fato, independente.
Na lei. O segundo ponto a ser observado pela Amec será orientação 35 da CVM, que trata de operações de fusões e aquisições de controladas. No passado, a associação já tinha pedido ao regulador mudança nessa regra, que em sua visão não atendia ao objetivo de defender o minoritário.
Senta que lá vem história. Na primeira tentativa de incorporação da Smiles pela Gol, a Amec se posicionou pedindo que a B3 interviesse na reorganização. A entendida dizia que haveria prejuízo ao mercado brasileiro, já que o formato proposta apenas beneficiaria o acionista controlador.
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