Anne Warth
12 de fevereiro de 2021 | 04h09
Foto: Andy Wong/AP
Nas menos de 24 horas que os integrantes da missão 5G do governo brasileiro passaram na China, a Huawei se esforçou para deixar claro que não tem qualquer participação estatal e para reafirmar suas políticas para garantir a segurança de seus equipamentos.
Líder no 5G, a Huawei é o maior alvo dos Estados Unidos, que acusam a companhia de atuar como braço de espionagem do governo chinês e de não seguir padrões de transparência e de governança corporativa.
A maior parte da reunião foi dedicada à questão da cibersegurança, com direito a uma visita ao laboratório da empresa dedicado ao tema. A comitiva brasileira foi liderada pelo ministro das Comunicações, Fábio Faria.
Apesar de toda a pressão dos EUA e da ala ideológica do governo, o edital do leilão do 5G não traz qualquer restrição ao uso de equipamentos da Huawei no Brasil. A proposta deve ser aprovada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) no fim do mês, e o leilão está programado para o fim do primeiro semestre.
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