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Bastidores do mundo dos negócios

Multinacional já vê alta de custos por impasse sobre benefícios fiscais no País

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Por Gabriel Baldocchi (Broadcast)
Atualização:
Captações devem voltar após as eleições presidenciais  Foto: Fabio Pozzebom/Agência Brasil

A intensa negociação que se formou entre os setores em torno de incentivos fiscais nesta virada de ano entrou no rol de preocupações de multinacionais com atuação no Brasil. A fabricante de componentes eletrônicos SGH passou a considerar uma potencial alta de custos em 2022, como consequência da redução de benefícios no País. Um dos programas a que tem direito, o Padis, tem vigência prevista até 22 de janeiro. O Congresso já aprovou uma prorrogação até 2026, mas o tema aguarda sanção presidencial.

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O caso é semelhante ao da indústria química. As mudanças no Reiq, voltado ao setor, já haviam sido aprovadas em lei em 2021, com a perspectiva de redução gradual até 2025. Mas o governo revogou o programa nos últimos dias do ano passado para compensar a medida que zerou o Imposto de Renda sobre leasing de aeronaves.

A indústria está confiante sobre a sanção do Padis (Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores e Displays). Mas isso não significa que não haja riscos, diante de um ambiente político cada vez mais conturbado e da recomendação de veto por parte da Economia, segundo apurou a Coluna. A expectativa é que a decisão seja tomada até o fim desta semana.

A SGH fabrica LCDs e memórias - itens contemplados no Padis - em operações espalhadas ao redor do mundo. No Brasil, o grupo americano tem duas unidades de produção, em Atibaia (SP) e Manaus (AM). Até novembro de 2021, a SGH somava cerca de US$ 40 milhões (R$ 226 milhões) em créditos tributários acumulados em decorrência de benefícios fiscais no Brasil.

 

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Esta nota foi publicada no Broadcast+ no dia 06/01/22, às 12h23.

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