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Bastidores do mundo dos negócios

Museu Nacional não tinha seguro contra incêndio nem para acervo

O Museu Nacional, localizado na Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão (RJ), não tinha qualquer tipo de seguro para atenuar os prejuízos do incêndio que engoliu uma instituição bicentenária e que abrigava um acervo com mais de 20 milhões de itens. É fato que para as obras de arte e o conteúdo histórico é praticamente impossível contratar uma apólice até mesmo porque as perdas, que são calculadas para a precificação de um contrato de seguro, são quase sempre irreparáveis. Mas para a sua estrutura não.

Por Coluna do Broadcast
Atualização:

Nem um nem outro Além de não dispor de um seguro, o Museu Nacional não tinha qualquer tipo de proteção contra incêndio ou gerenciamento de risco a despeito da sua importância para a cultura e história brasileira. Uns três pontos de sprinklers, os chamados "chuveiros automáticos", seriam suficientes para conter o início do fogo em um ambiente do Museu, de acordo com o diretor-geral do Instituto Sprinkler Brasil (ISB), Marcelo Lima.

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É geral Não é só o Museu Nacional. A maioria dos museus no Brasil não possui sistemas de sprinklers, segundo o ISB. Pesa, sobretudo, o fato de a legislação só exigir o sistema de proteção para empreendimentos novos ou que passaram por grandes reformas e também resistência por parte da comunidade cultural que teme prejuízo às obras.

Depois da tragédia Os chuveiros automáticos não resolvem tudo sozinhos, mas são parte de um conjunto de medidas de prevenção a ocorrências de incêndio. O Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, está instalando um sistema de sprinklers após o incêndio, em 2015, que destruiu toda a sua estrutura. O Teatro Cultura Artística, em SP, idem. Já o Museu da Imagem e Som, que ganhou uma nova sede no Rio de Janeiro, também terá sprinkler. Estados Unidos e a Grã-Bretanha já são referência no mundo no uso de sprinklers. Procurada, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que administra o Museu Nacional, não comentou.

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