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Bastidores do mundo dos negócios

Na negociação com a Ideal, o Itaú mirou o que viu e acertou o que não viu

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Por Matheus Piovesana (Broadcast)
Atualização:
 Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Quando começou a conversar com a Ideal sobre uma possível compra da corretora, em março do ano passado, o Itaú queria a tecnologia de negociação em alta frequência  na Bolsa e os produtos direcionados a investidores institucionais da empresa. Mas encontrou um atrativo extra: o serviço de corretora white label, um terreno inédito para o conglomerado. As conversas ocorreram já sob a gestão de Milton Maluhy à frente do banco, e a compra resume, sob muitos aspectos, qual direcionamento ele busca dar ao Itaú.

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A Ideal já conversa com empresas - cujos nomes não revela - para oferecer esse tipo de serviço, visto como uma futura avenida de crescimento. Para o Itaú, o white label tem dupla utilidade, porque ajuda a atrair agentes autônomos, no momento em que vários escritórios de grande porte buscam criar as próprias corretoras, e pode ser oferecido a empresas não-financeiras que já são clientes do banco, como  ressaltou na quinta-feira (13) o diretor responsável pela área de gestão de recursos, Carlos Constantini.

A própria Ideal percebeu o potencial do produto aos poucos. Montada pouco antes da pandemia e submetida ao teste de estresse que a covid-19 levou aos mercados em 2020, a corretora notou que parte da capacidade de sua plataforma não estava sendo utilizada pelos clientes, e que poderia gerar receitas de outro modo.

Derivativos

Hoje, a Ideal tem cerca de 70 clientes nas áreas de negociação de alta frequência e atendimento a institucionais. Como esses investidores são de grande porte, o volume financeiro que transacionam colocou a corretora, surgida em 2019, em primeiro lugar na negociação de derivativos na B3, e disputando a terceira colocação em ações à vista.

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Segundo o CEO da Ideal, Nilson Monteiro, a corretora pretende expandir a equipe, atualmente com 60 funcionários, ao longo do ano. Mesmo com a entrada do Itaú, ele diz que a Ideal vai manter o modelo de partnership, em que funcionários são transformados em sócios - algo que o próprio Itaú possui, com direcionamento a um grupo restrito de funcionários.

 

Esta nota foi publicada no Broadcast+ no dia 14/01/22, às 18h19.

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