A finlandesa Nokia quer ampliar as atividades no Brasil, mas ainda não bateu o martelo. Desde o ano passado, a companhia vem analisando a construção de uma nova fábrica para atender a demanda crescente por equipamentos de redes 5G tanto do mercado brasileiro quanto de outros países da região. A dúvida é se o ritmo desse mercado proverá escala suficiente para justificar os investimentos numa nova unidade industrial, afirmou à Coluna o presidente da Nokia na América Latina, Osvaldo di Campli.
Segundo ele, a entrada de competidores no 5G no Brasil é um ponto positivo para toda a cadeia produtiva. O 5G será oferecido pelas três grandes teles - Vivo, Claro e TIM -, assim como por operadoras regionais - como Brisanet, Algar, Sercomtel, Copel, Unifique e Winity, entre outras. Para Di Campli, trata-se de uma "oportunidade interessante".
A Nokia já tem 214 contratos para fornecimento do 5G, entre os quais com a Vivo, no Brasil. Recente estudo feito com a consultoria Omdia sobre o impacto do 5G no Brasil nos próximos 15 anos aponta que será possível ter ganho de produtividade de até US$ 1,2 trilhão - estimativa equivalente a 1% no PIB brasileiro por ano daqui para frente.
A Nokia tem um centro de integração, fabricação e logística em Curitiba. A multinacional é lembrada no País pelos celulares do tipo "tijolões" de anos atrás. No entanto, deixou de fabricar esses aparelhos, e apenas recebe os royalties de concessão das licenças. Seu principal negócio hoje são mesmo os equipamentos de redes e soluções de TI.
Esta nota foi publicada no Broadcast no dia 02/03/22, às 14h18.
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