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Bastidores do mundo dos negócios

Novonor e Petrobras escolhem bancos para vender Braskem em fevereiro

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Por Cynthia Decloedt (Broadcast) e Cristiane Barbieri (Broadcast)
Atualização:
A Braskem foi uma das empresas que fizeram recompra de bonds  Foto: Daniel Teixeira/AE

O processo para seleção dos bancos que participarão da oferta de ações da Braskem em Bolsa foi iniciado. Morgan Stanley e JPMorgan estarão à frente do grupo de instituições que realizarão a operação. Depois que Petrobras e Novonor, os dois principais acionistas da petroquímica chegaram a um acordo para a venda de suas respectivas participações, agora a ideia é colocar a oferta em pé. Por enquanto, a proposta em estruturação é de realizar a venda por meio de mais de uma oferta subsequente de ações (follow on) e para ganhar tempo, conduzir a primeira somente com ações preferenciais (sem direito a voto), no início de fevereiro. Depois levar a Braskem para o Novo Mercado, segmento de maior governança da B3, e vender o restante das ações - ou parte disso - em mais duas ofertas posteriores.

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Esta teria sido uma decisão pragmática tomada pela Novonor para satisfazer os bancos credores e, ao mesmo tempo, aproveitar a valorização da companhia, puxada em parte pelo ciclo positivo das commodities, e evitar a volatilidade das eleições.

Bradesco, Itaú, Santander, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) têm ações da Braskem, que foram recebidas como garantia a empréstimos concedidos à Odebrecht. A venda das preferenciais somada ao dividendo bilionário - de mais de R$ 6 bilhões - que a Braskem vai distribuir reduz a pressão dos credores.

Parte dos dividendos, conforme prevê o plano de recuperação judicial da Odebrecht, vai para os bancos credores, donos das ações.

O que foi possível

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Segundo fonte próxima ao negócio, a venda via Bolsa não é o melhor caminho para obter mais dinheiro pela Braskem, mas é o que os dois acionistas (com e credores pressionando) conseguiram construir. Para ele, os sócios poderiam ter conseguido um preço melhor vendendo a operação no exterior para um comprador e a parte brasileira para outro, mas eles tiveram dificuldades em se acertar.

O sindicato, como é chamado o grupo de bancos que vai conduzir a oferta, está perto de ser fechado. Morgan Stanley, que foi contratado pela Novonor, e JPMorgan, que assessora a Petrobras, submeteram a "lista" das instituições para aprovações dos conselhos de ambas companhias. Procuradas, a Novonor e a Petrobras não se manifestaram.

 

Esta nota foi publicada no Broadcast+ no dia 08/12/21, às 15h42.

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