PUBLICIDADE

EXCLUSIVO PARA ASSINANTES
Foto do(a) coluna

Bastidores do mundo dos negócios

Nubank monta time e faz primeira operação como banco de investimento

Foto do author Altamiro Silva Junior
Por Altamiro Silva Junior (Broadcast)
Atualização:
Base de clientes é estratégia para avançar na nova frente    Foto: JF Diorio / Estadão

O Nubank quer ir bem além, em termos de negócios, de seu cartão de crédito roxinho. Discretamente, o banco digital está montando um time com o objetivo de entrar na área dos bancos de investimento, com a estruturação de emissões e captações para empresas, como debêntures e certificados de recebíveis. Além de aumentar sua receita com essa nova frente de atuação, batizada de Nu Invest, a ideia é oferecer esses papéis como alternativa de investimento à sua enorme base de clientes de cartões no Brasil, que já supera 52 milhões de pessoas.

PUBLICIDADE

O primeiro negócio, inclusive, já foi fechado. A Nu Invest fez uma operação de R$ 130 milhões em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) da Vert Securitizadora, na qual foi a coordenadora líder. A emissão é lastreada em debêntures da incorporadora You Inc, que vai usar os recursos para bancar obras.

Banco tenta atrair profissionais de outras instituições

O banco tem dito a interlocutores que se interessam pelo projeto que em poucos anos pretende ser conhecido em investimentos, como um caso semelhante ao da XP. A principal diferença é que a corretora criou a figura dos agentes autônomos, enquanto o Nubank aposta em sua própria base, na maioria formada por jovens entusiasmados pela marca, que fazem boca a boca e atraem novos clientes.

Nos últimos meses, o Nubank vem fazendo uma ronda em conhecidos bancos de investimento - Credit Suisse, BTG Pactual, Itaú BBA, Safra, UBS-BB - para tentar contratar pessoas para a nova área de negócios que estrutura. Já conseguiu levar algumas. No pacote para atraí-los há, por exemplo, benefícios como ações da holding, com a condição de que a pessoa fique no banco por ao menos três anos.

Publicidade

Nos bancos de investimento, há quem torça o nariz para a estratégia do neobanco. O argumento é que a base de clientes do Nubank tem gasto médio baixo: ou seja, tem pouco dinheiro para investir. Outros dizem que a empreitada pode dar certo, já que o banco está bem capitalizado após a oferta de ações no fim de 2021, quando captou US$ 2,8 bilhões. Assim, consegue usar seu balanço para bancar as operações, tendo tempo hábil para trabalhar os produtos em sua base. Procurado, o Nubank não se pronunciou.

 

Esta nota foi publicada no Broadcast no dia 29/04/22, às 15h21.

O Broadcast+ é uma plataforma líder no mercado financeiro com notícias e cotações em tempo real, além de análises e outras funcionalidades para auxiliar na tomada de decisão.

Para saber mais sobre o Broadcast+ e solicitar uma demonstração, acesse.

Contato: colunabroadcast@estadao.com

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.