Esticando cobertor. A Caixa Econômica Federal tem exigido direitos sobre os papéis da Braskem para se equiparar aos outros bancos. Para oferecer essa condição e fugir de possíveis litígios, a Odebrecht teria de levar esse direito a outros credores, que estão na mesma classe do banco público. Entre eles, o governo do Peru e os detentores de US$ 2,9 bilhões em bônus garantidos pelo braço de construção, a OEC.
Com aval. A Odebrecht aposta também que os bancos públicos se sentirão mais confortáveis em aceitar um desconto em suas dívidas com as negociações ocorrendo sob a supervisão de um juiz. Essa intermediação da Justiça minimizaria questionamentos do Tribunal de Contas da União (TCU) e Ministério Público sobre os termos.
Vai tempo. Existem questões relevantes, no entanto, para se chegar a um consenso. Entre elas, uma solução para a disputa da Braskem com o Estado do Alagoas, que conseguiu bloquear R$ 3,7 bilhões da companhia para garantir eventuais indenizações à população afetada pelo acidente geológico ocorrido em bairros próximos à área de extração de salgema em Maceió. Além disso, a Braskem tem de entregar os formulários 20-F à autoridade do mercado de capitais dos Estados Unidos, a SEC, relativos a 2017 e 2018. Procurada, a Odebrecht não comentou.
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