EXCLUSIVO PARA ASSINANTES
Foto do(a) coluna

Bastidores do mundo dos negócios

Oi vai vender energia por assinatura para residências e comércio em MG

PUBLICIDADE

Por Wilian Miron
Atualização:
Oi já levantou R$ 21,5 bilhões com a venda de ativos  Foto: Nacho Doce/Reuters

Após uma bem-sucedida atuação com geração distribuída (GD) para consumo próprio, a operadora de telecomunicações Oi decidiu avançar num projeto para oferecer serviços de energia por assinatura a consumidores residenciais e comerciais em Minas Gerais, na área de concessão da Cemig.

PUBLICIDADE

O produto Oi Energia está disponível desde julho, e consiste na venda de assinaturas do serviço de GD pelas plataformas da operadora. Já a geração da energia e a gestão dos créditos junto à distribuidora são feitas pela Safira Solar, parceira da Oi.

De acordo o gerente de Inovação Aberta e Desenvolvimento de Novos Negócios da Oi, Bernardo Estefan, a atuação nesse nicho faz parte da estratégia da empresa de diversificar as fontes de receita do grupo, que passa por uma reestruturação após o pedido de Recuperação Judicial (RJ).

Estratégia é aproveitar base de clientes de telefonia

A estratégia é aproveitar a base de clientes que já são atendidos em telefonia, banda larga e televisão por assinatura para oferecer novos serviços. Ao todo, a empresa tem 12 milhões de unidades geradoras de receitas que são potenciais assinantes dos serviços. "Uma empresa de telecom tem grande capacidade de se relacionar com o cliente", disse.

Publicidade

Além do setor elétrico, a operadora tem buscado outros nichos de atuação, como serviços digitais para as áreas como segurança e telemedicina, por exemplo. "Conectividade é o primeiro serviço, e junto a ele vamos entregar outros que permitem que usuários tenham toda sua casa atendida", acrescentou.

Empresa fez parceria com 2W Energia

Com a expectativa da abertura de mercado livre de energia (ACL) para todos os consumidores de alta tensão a partir de 2024, a Oi alinhavou uma parceria semelhante com a 2W Energia. O acordo tem duração inicial de dois anos, com possibilidade de ampliação.

No primeiro momento, as vendas de energia devem priorizar consumidores comerciais e industriais que já podem fazer a migração do ambiente regulado para o livre, mas as duas empresas já olham para o cenário de liberalização total do mercado de energia, o que deve acontecer entre 2026 e 2028 para quem é atendido em baixa tensão, segundo cronograma proposto pelo governo e que está em consulta pública.

De acordo com o diretor de Relações com Investidores da 2W, Eduardo Portellada, para se posicionar melhor no momento da abertura total do mercado, a comercializadora tem buscado no exterior os modelos de negócios já consagrados e que fazem sentido no Brasil. Entre as estratégias que a companhia quer adotar está a parceria com empresas que detêm uma sólida carteira de clientes com potencial de adesão ao mercado livre de energia. "Esse modelo de vendas permite ganhar capilaridade por meio do relacionamento interpessoal que o parceiro já tem com os clientes", disse.

Publicidade

Portellada afirmou também que a companhia quer ampliar seu projeto de venda de energia por meio de parcerias, e que tem negociado com bancos e outras empresas com capacidade de alcançar um grande número de potenciais consumidores.

 

Esta nota foi publicada no Broadcast Energia no dia  18/10/2022, às 09h45

O Broadcast+ é uma plataforma líder no mercado financeiro com notícias e cotações em tempo real, além de análises e outras funcionalidades para auxiliar na tomada de decisão.

Para saber mais sobre o Broadcast+ e solicitar uma demonstração, acesse 

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.