Alta demanda. Naquele mês, o crédito concedido por meio da antecipação de duplicatas foi o segundo maior que se tem registro, alcançando R$ 90 bilhões. O recorde em crédito a partir de duplicata aconteceu em dezembro de 2019, quando ficou em R$ 93 bilhões. Os dados são da central de registros CRDC, que atua no segmento de recebíveis e recebeu no ano passado aval do Banco Central para atuar como registradora de ativos financeiros.
Firme e forte. O grande volume de março caiu levemente nos meses seguintes. Voltou ao patamar pré-pandemia em junho, em torno de R$ 73 bilhões. O comportamento foi visto como uma surpresa pelos executivos da CRDC e não causa preocupação de pico de inadimplência. Matheus Bonelli, sócio da registradora, diz que a indústria que cede crédito a partir de duplicatas se fechou a novos clientes e deu fôlego aos que já estavam em suas carteiras. Além disso, as duplicatas tem vencimento médio em 45 dias, ou seja, eventual aumento de inadimplência já estaria sendo visto. Segundo ele, porém, os próximos meses ainda devem ser de confirmação dessa tese.