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Bastidores do mundo dos negócios

Pátria atrai mais de US$ 900 mi para sua nova tese de investimento

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Por Cynthia Decloedt (Broadcast)
Atualização:
Gestora também captou para fundo na Ásia, Oriente Médio e EUA    Foto: Paul Yeung/ Bloomberg

O Pátria Investimentos conseguiu uma demanda superior a US$ 900 milhões para sua primeira companhia de conceito Spac (Companhia de Aquisição de Propósito Específico), que abre uma nova tese de investimento na casa. Em precificação feita na quarta-feira, a gestora levantou US$ 230 milhões por meio da Spac que vai focar em uma empresa minoritária não listada e com uma fatia minoritária.

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A tese é nova na gestora. Atualmente, além dos investimentos feitos por meio de estratégias de private equity, onde o fundo adquire o controle de companhias,  o Pátria faz investimentos minoritários em empresas listadas, por meio do fundo Pipe e do tipo venture capital por meio da Kamaroopin, empresa da qual é sócio.

O sócio e responsável por produtos e marketing do Pátria, José Teixeira, diz que as estratégias de investimento da casa, normalmente em setores e temas que independem de circunstâncias macro, atraíram grande volume de investidores de longo prazo e daqueles que buscam se proteger dos ativos que dependem do crescimento. Segundo ele, 100 investidores ficaram com o papel.

O Pátria tentou levar sua primeira Spac à bolsa norte-americana no primeiro trimestre do ano passado, mas acabou abortando a operação diante da aversão ao risco com as perspectivas de uma terceira onda do covid-19. Ao mesmo tempo, havia certa dificuldade entre investidores para digerir a tese das Spacs, dado o enorme volume de ofertas que vinha acontecendo desde 2020 e ao insucesso de parte delas em alocar os recursos.

A reabertura do processo foi iniciada em janeiro, antes, contudo, do início da guerra, mas Teixeira afirma que dada as características do Pátria, como patrocinador da Spac, assim como sua tese de investimento, era possível prosseguir. "Somos um grande investidor no mercado privado da América Latina", observa.

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Ao lado deles, estiveram os bancos Citigroup Global Markets e JPMorgan Securities, tradicionais no instrumento, atuando como coordenadores globais e representantes dos subscritores da oferta.

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