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Bastidores do mundo dos negócios

PDG paga dívida de condomínio e Justiça volta atrás em decreto de falência de empreendimento

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Por Circe Bonatelli (Broadcast)
Atualização:
Empresa pega carona no avanço dos canteiros de obras pelo País    Foto: Hélvio Romero/Estadão

A PDG Realty fez um acordo e conseguiu reverter a decisão judicial que havia decretado a falência de um empreendimento da companhia por falta de pagamento de condomínio.

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Na semana passada, o juiz João de Oliveira Rodrigues Filho, da 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo, decretou a falência da Sociedade de Propósito Específico (SPE) CHL Xcvi Incorporações Ltda, pertencente à PDG.

A SPE foi criada para abrigar o empreendimento Enterprise City Center, um complexo com prédios residenciais, comerciais, hotel e shopping na cidade de Itaboraí (RJ). O projeto foi lançado há uma década, quando colocou à venda um total de 987 unidades, com estimativa de movimentar R$ 300 milhões.

O pedido de falência da SPE partiu justamente dos representantes do condomínio, segundo os quais a companhia nunca havia pago nenhum boleto das unidades não vendidas no local - mesmo sendo cobrada repetidas vezes desde 2016, inclusive por meio de ações na Justiça.

O total da dívida girava em torno de R$ 4 milhões, conforme apurou o Broadcast. A PDG informou que quitou a dívida discutida na ação de falência. O condomínio confirmou o acordo.

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"Esse foi um episódio isolado em meio ao processo de reestruturação da PDG. Nosso foco está no processo de retomada dos lançamentos da empresa", afirmou a incorporadora, em nota.

Em um novo despacho publicado esta semana, o juiz homologou o acordo firmado entre a incorporadora e o condomínio, e decretou extinto o processo. Com o decreto de falência, todas os apartamentos e salas comerciais detidos pela PDG no Enterprise City Center passariam a integrar a massa falida, sendo colocados à venda para pagar os credores. Essa medida agora deixará de valer.

A PDG entrou em recuperação judicial em fevereiro de 2017 após acumular R$ 5,3 bilhões em dívidas junto a 22 mil credores. Em cinco anos, o montante caiu para R$ 1,1 bilhão após pagamentos, descontos e parcelamentos. A companhia foi habilitada a encerrar a recuperação judicial em outubro de 2021, após cumprir os compromissos previstos com credores dentro do processo.

No momento, a companhia trabalha para dar uma solução a algumas obras que estão inacabadas há anos por falta de recursos, e também se estrutura para desenvolver novos projetos e encorpar a sua geração de caixa.

 

Esta nota foi publicada no Broadcast no dia 13/04/22, às 15h35.

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