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Bastidores do mundo dos negócios

Principal, BlackRock e Franklin disputam parceria com BB em gestão de recursos

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Por Aline Bronzati (Broadcast)
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No fim de semana, o Banco do Brasil ameaçou deixar a Febraban  Foto: Aline Bronzati/Estadão Conteúdo

Três pesos-pesado norte-americanos estariam na disputa para serem parceiros do Banco do Brasil na área de gestão de recursos, área na qual atua por meio da BB DTVM. São elas: BlackRock, a maior do setor no mundo, Principal Financial Group, sócia do banco na Brasilprev, e Franklin Templeton Investments, que está a procura de um ativo no País. As três estão na segunda etapa da disputa e já teriam feito as propostas não vinculantes, do inglês non binding, que ainda não é a proposta final. Agora, está nas mãos do BB, com apoio da Rothschild, que assessora o banco no negócio, selecionar uma para negociações bilaterais. O objetivo do banco público, que procura um parceiro na área de gestão de recursos desde a gestão de Paulo Caffarelli, presidente da instituição no governo Temer, é reforçar o braço de distribuição no exterior.

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Passado. Quem também teria participado da disputa foi o suíço UBS, que firmou uma joint venture com o BB na área de banco de investimentos. Cada uma das três finalistas tem pontos a favor na disputa.

Caso antigo. No caso do Principal, com mais de US$ 700 bilhões em ativos sob gestão, conta o antigo relacionamento com o BB devido à Brasilprev, de previdência. O centenário grupo americano reforçou sua presença no País nos últimos anos ao comprar a gestora brasileira Claritas Investimentos, que gere cerca de R$ 9 bilhões.

Velhos conhecidos. Já a BlackRock é presidida no Brasil pelo ex-BB Carlos Takahashi. Além de 40 anos de BB, ele presidiu a gestora do banco, a BB DTVM, de 2009 a 2015. Foi o mais longevo no cargo, o que faz com que conheça o negócio como poucos. Conta ainda o interesse em aquisições para deslanchar a filial brasileira, que ainda é pequena para a operação: são US$ 6,5 bilhões, ante um total de US$ 7 trilhões em ativos ao redor do mundo. É também bem menor do que a unidade mexicana, por exemplo, que após a aquisição da asset do Citibanamex teria alcançado mais de US$ 60 bilhões sob gestão.

Apetite. A Franklin também está a procura de uma empresa para chamar de sua no Brasil. Como no caso da Blackrock, esse objetivo pode fazer com que a candidata vá com mais apetite para cima dos outros competidores. A gigante tem mais de US$ 700 bilhões em ativos sob gestão e investidores em mais de 170 países.

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Em jogo. Com R$ 1,1 trilhão em ativos sob gestão, a BB DTVM é a maior gestora de recursos do País. A exigência para disputar o ativo era ter, no mínimo, US$ 400 bilhões em ativos sob gestão. Para as finalistas, o critério foi "moleza". O vencedor levará 50% mais uma ação da joint venture que será estruturada com a BB DTVM. Procurado, o BB não comentou. Blackrock, Franklin e Principal também não se manifestaram.

 

Notícia publicada no Broadcast no dia 23 de janeiro, às 13:07:33

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