Coluna do Broadcast
13 de setembro de 2017 | 10h15
A prisão preventiva de Wesley Batista, presidente da JBS, é a primeira realizada no Brasil por insider trading. Nem Eike Batista, preso no início do ano, foi por esse motivo. Xerife do mercado, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) apontou recentemente na sua análise que havia indícios de uso de informação privilegiada pelos controladores da JBS.
Wesley e Joesley são investigados na Tendão de Aquiles em inquérito sobre manipulação do mercado financeiro, referente ao suposto lucro obtido com a venda de dólares às vésperas da divulgação da delação premiada dos executivos da J&F.
+ Controladores da JBS fizeram venda milionária de ações antes de delação
Antes do vazamento da delação da família Batista em maio, a JBS realizou uma grande operação no mercado futuro de dólar e investiga-se se os controladores da empresa usaram informação privilegiada para evitar perdas financeiras. Antes da prisão de hoje, a JBS teria contratado estudo para mostrar que, em tais operações, não houve ganho. Ao mercado mais cedo, a JBS informou que ainda não teve acesso à integra da decisão da Justiça.
No passado, Naji Nahas e Daniel Dantas chegaram a ser condenados pela Justiça, mas não apenas por insider trading, mas também por lavagem de dinheiro.
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