A Companhia Melhoramentos do Norte do Paraná (CMNP), que produz etanol e energia elétrica, acaba de fechar sua primeira aquisição: levou a usina Vale do Paraná (que, apesar do nome, fica no interior de São Paulo). Pelo tamanho do ativo, a estimativa do mercado é que a Melhoramentos pagará algo entre R$ 700 milhões e R$ 1 bilhão. Com a compra, a Melhoramentos verá sua capacidade de moagem de cinco milhões de toneladas de cana-de-açúcar chegar a sete milhões de toneladas por ano.
Os vendedores da usina não são brasileiros. São as empresas guatemalteca Pantaleon, produtora de açúcar, álcool, melaço e energia, e colombiana Manuelita, que produz desde camarões a etanol. A transação ainda precisa ser aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
A butique de investimentos Estáter, de Pércio de Souza, tem assessorado a Melhoramentos desde o ano passado na montagem de estratégia e mapeamento dos ativos para aquisição. Outros ativos do setor estão sendo analisados.
Investimentos em biocombustíveis é uma das prioridades
A prioridade da empresa, segundo o presidente e controlador da CMNP, Gastão de Souza Mesquita, são investimentos em biocombustíveis e energia elétrica de biomassa, na pegada ESG (sigla em inglês para as melhores práticas ambientais, sociais e de governança). A aquisição será financiada principalmente pela geração e caixa da companhia. No ano passado, a empresa faturou R$ 1,1 bilhão, com geração de caixa, medida pelo lucro operacional, de R$ 700 milhões.
Esta nota foi publicada no Broadcast no dia 05/05/22, às 17h47.
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