Ação e reação. O descontentamento ocorreu após a estreia da Lavvi na Bolsa no pregão de quarta-feira, 2. A ação fechou com queda de 5%, mas chegou a encolher até 15% no dia.
Contra a maré. Para viabilizar sua oferta, a Lavvi teve que cortar o piso da faixa indicativa do preço da ação para o IPO em 14%. Além disso, teve que contar, ainda, com R$ 150 milhões vindos da própria Cyrela para sustentar o processo.
Acirrado. Com quase 20 com pedidos para abertura de capital vindos do setor de construção, investidores têm se mostrado seletivos em relação aos aportes nessas empresas. As incorporadoras Riva 9 e You Inc, por exemplo, não tiveram demanda suficiente e acabaram morrendo na praia.
Questão de preço. No caso da Cury, contudo, investidores reconhecem que se trata de uma empresa sólida. Ela é considerada a quarta força do mercado imobiliário nacional no segmento de baixo renda, que produz imóveis dentro do Casa Verde e Amarela (novo nome do Minha Casa Minha Vida), atrás apenas de MRV, Tenda e Direcional. A Cury busca uma avaliação entre R$ 3 bilhões e R$ 4 bilhões na B3, ante um lucro líquido de R$ 204 milhões no ano passado, o que aponta para múltiplos esticados, segundo fontes do mercado financeiro. O grupo ainda tem duas semanas pela frente para tentar convencer do contrário esses investidores. Procuradas, Cyrela e Cury não comentaram o assunto.
Contato: colunabroadcast@estadao.com