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Bastidores do mundo dos negócios

Reuniões entre indicados e atual diretoria marca início da transição no BC

As primeiras reuniões entre os indicados pelo novo governo e a atual diretoria marcou o início da transição no Banco Central (BC). Na tarde de terça, 18, foi feito o primeiro encontro do Departamento de Política Monetária (Dipom), uma das áreas mais importantes da autoridade monetária. Reinaldo Le Grazie, que deve deixar a diretoria nos próximos dias, recebeu Bruno Serra Fernandes, do Itaú Unibanco, cuja sabatina para assumir o cargo está prevista para março. Já Sidnei Corrêa Marques, diretor de Organização do Sistema Financeiro, recebeu seu sucessor, João Manoel Pinho de Mello, hoje secretário do Ministério da Fazenda.

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Por Coluna do Broadcast
Atualização:

Apresentação. Fernandes passou a tarde no BC. Segundo a autoridade monetária, as reuniões têm como objetivo tratar de assuntos relativos à sabatina a ser realizada pelo Senado e são parte da agenda pública. Outras reuniões deverão acontecer nas próximas semanas, de acordo com fontes. Num departamento historicamente "low profile", a gestão atual do Dipom ficou conhecida por intervir pouco no dia a dia e entrar com maior peso em momentos turbulentos, de necessidade de liquidez ou mal funcionamento dos mercados. Pelo perfil de Fernandes, hoje responsável pela mesa de renda fixa proprietária do Itaú Unibanco, espera-se alguma mudança na atuação da diretoria.

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Efervescência. A antecedência da transição indica preocupação em evitar solavancos nas reservas internacionais, no câmbio e no juro. Além da responsabilidade sobre a política monetária e cambial, o Dipom responde pela supervisão das empresas prestadoras de serviço de infraestrutura financeira, como a B3, a Câmara Interbancária de Pagamentos (CIP) e a Central de Custódia e Liquidação Financeira de Títulos (Cetip). É ainda a diretoria reguladora dos novos mercados de pagamentos de varejo, nos quais a inovação e um número inédito de empresas têm modificado completamente o cenário, oferecendo novos produtos e permitindo o crescimento do acesso de pequenas e médias empresas aos pagamentos eletrônicos. Procurados, Fernandes e Pinho de Mello não se pronunciaram. (Cristiane Barbieri)

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