A Spectra Investimentos, gestora especializada em ativos alternativos, atingiu em março R$ 1 bilhão em desinvestimentos, após sair de 69 companhias desde 2015. O valor é metade do que a gestora investiu em empresas de diversos setores, nos últimos dez anos. Entre as saídas recentes, estão participações na petroleira 3R, na Órizon e no Nubank.
Muitos dos desinvestimentos foram feitos via bolsa, em meio à onda recente de ofertas que aconteceram na B3. As empresas do portfólio de fundos da Spectra participaram de cerca de 15% das ofertas iniciais de ações feitas entre 2020 e 2021. A gestora investe em empresas diretamente, em parceria com outras grandes da área e ainda compra fatias de companhias listadas na bolsa.
O sócio da Spectra, Renato Abissamra, afirma que essa é a segunda festa do bilhão. A primeira foi em meados de 2019, quando a gestora alcançou R$ 1 bilhão em ativos sob gestão. Os desinvestimentos trouxeram taxa interna de retorno sobre o capital alocado em média de 70%, segundo ele.
Do R$ 1 bilhão em desinvestimentos, R$ 600 milhões voltaram para as mãos dos cotistas e outros R$ 400 milhões foram reinvestidos, conforme regras da casa, que recicla investimentos com retorno mais rápido. Entram aí os recursos que estão disponíveis do fundo V, no qual a Spectra levantou R$ 1,7 bilhão.
Segundo Abissamra, este ano a gestora está mais seletiva na entrada em novas empresas, por conta da instabilidade no cenário macroeconômico e político. Por outro lado, espera abrir um novo fundo, o VI, no fim do ano.
Esta nota foi publicada no Broadcast no dia 08/04/22, às 14h04.
O Broadcast+ é uma plataforma líder no mercado financeiro com notícias e cotações em tempo real, além de análises e outras funcionalidades para auxiliar na tomada de decisão.
Para saber mais sobre o Broadcast+ e solicitar uma demonstração, acesse.
Contato: colunabroadcast@estadao.com