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Bastidores do mundo dos negócios

Startup de carga Freto prepara nova rodada para levantar R$ 50 milhões

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Ezze vai ingressar no seguro de automóveis, o mais popular do País  Foto: Tiago Queiroz/Estadão

O Freto, startup da área logística em que caminhoneiros e transportadoras se encontram para serviços de transporte de cargas, está na estrada para captar R$ 50 milhões para sua segunda rodada de investimentos. As conversas com potenciais investidores se iniciaram no fim de julho, e o presidente-executivo, Thomas Gautier, afirma que há interesse tanto de fundos de venture capital (de participação em companhias) como de empresas estratégicas que buscam projetos na área logística.

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O primeiro aporte foi recebido há um ano e levantou R$ 22,5 milhões. Serviu para que a empresa concluísse o spin-off (separação) do grupo Edenred, da marca Ticket. Gautier afirma que menos da metade do caixa foi gasto até agora.

Com a rodada atual, a intenção é reforçar a estrutura tecnológica e otimizar as funcionalidades do aplicativo, além de expandir a área comercial e de marketing. Em outra frente, a empresa tem engatilhado um produto de gestão financeira para caminhoneiros que deve ser lançado ainda este ano. "Esta solução está pronta, mas queremos começar já com escalabilidade. O aporte será um acelerador para o produto nascer grande", diz Gautier.

Mercado de cargas é ambiente próspero para aplicativos

O mercado de cargas tem sido um ambiente próspero para lançamentos de aplicativos que funcionam em modelo semelhante ao do Uber. Um dos concorrentes é o Frete.com, que se tornou unicórnio em novembro do ano passado. A holding une as empresas CargoX, FreteBras e FretePago, e anunciou em julho que destinará R$ 300 milhões para fusões e aquisições. Já a plataforma TruckPad foi adquirida recentemente pelo grupo Simpar, dono da JSL, por R$ 10 milhões.

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Gautier concorda que captar no momento atual é mais desafiador, e que buscar investidores agora é sinal de confiança no próprio projeto. "Vejo que o mercado voltou ao seu normal. O anormal foram os últimos quatro anos, com investimentos sendo feitos sem a análise dos ativos. Hoje voltaram a olhar as empresas que agregam valor, monetizam e se responsabilizam pelo caixa", afirma.

O presidente do Freto diz que a startup se diferencia dos pares, pois é "agnóstica" - não atende um único segmento da indústria apenas. "Temos uma preocupação com fidelização dos caminhoneiros, então preferimos ter mais fretes por usuário do que ter uma base maior só que não ativa", diz. Atualmente, o Freto possui 161 mil cadastros e um índice de fidelização de 40%, de acordo com Gautier.

 

Esta nota foi publicada no Broadcast+ no dia 22/08/2022, às 16h40.

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