O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) concluiu o procedimento para análise da oferta da Totvs pela Linx. Apenas uma empresa apareceu para se contrapor: a Stone, sua única concorrente na disputa para comprar a companhia de softwares de gestão. Na argumentação da empresa de maquininhas, a venda da Linx para a Totvs geraria concentração de mercado "sem precedentes", chegando a algo entre 70% e 75%.
Você, não. Para a Stone, a transação entre as duas empresas não geraria a complementariedade alegada pela Totvs e eliminaria os benefícios da concorrência entre elas. Segundo a adquirente, trata-se "largamente" de uma combinação entre iguais, sem a geração de eficiências que pudessem justificar a aprovação do negócio.
Sem salvação. Além disso, diz a Stone, uma análise por parte de cliente das duas companhias indica que elas são as rivais mais efetivas uma da outra, e não os demais concorrentes. Uma operação entre ambas, portanto, eliminaria um competidor relevante, sem que haja "remédios estruturais capazes de sanar as graves preocupações concorrenciais". Procurada, a Totvs informou que, por enquanto, fala sobre o tema apenas por meio de fatos relevantes ou na área de Relações com o Investidor no site da empresa.
Maré. O grito solitário da Stone contrasta com o movimento feito na semana passada por quatro empresas para barrar no Cade a proposta da adquirente. São três concorrentes diretos no mercado de pagamentos e a própria Totvs. Além disso, a Petrobras apontou riscos à concorrência no negócio.
Esta reportagem foi publicada no Broadcast+ no dia 06/11/2020 às 08:00:22 .
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