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Remember. A Azul começou a desbravar a possibilidade em 2013 e passou por um longo caminho para convencer o mercado de que essa era uma alternativa interessante também aos investidores. Novidade à época no Brasil, o regulador do mercado de capitais, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), depois de muita discussão, liberou o modelo em 2014. A superpreferencial da Azul, que acabou abrindo capital três anos depois desse aval, prevê o direito econômico na ação sem direito a voto de 75 vezes a mais do que a ação ordinária. O objetivo também era não alterar a estrutura de controle da companhia, dividida entre aqueles que têm poder político e os com poder econômico.
Fuga. Depois da Azul, outras empresas que tinham como objetivo manter o poder decisório mesmo com a oferta acabaram escolhendo o mercado dos Estados Unidos para abrir capital. Lá, a legislação permite a chamada ação de voto plural, ou "superordinária". Foi o motivo que levou Pagseguro, Stone e XP Investimentos a abrir capital lá fora. No caso, as ações, que dão mais poder de voto, ficam nas mãos dos fundadores da empresa e as comuns são vendidas no mercado. No Brasil, a discussão em torno do tema tem sido aquecida, mas para que esse modelo pudesse ser adotado por aqui, seria necessária uma mudança na Lei das S/As.