Foro: Ricardo Teles/Divulgação
Depois de o Votorantim vender 25 milhões de ações da Suzano em um block trade, ou seja, um leilão em Bolsa de valores, que movimentou mais de R$ 1 bilhão, o mercado espera para breve a venda do restante da participação. O grupo tem ainda mais 50 milhões de ações da gigante de celulose. O investimento nos papéis não é estratégico ao conglomerado da família Ermínio de Moraes. Até porque a fatia é uma herança que veio da Fibria, empresa resultante da união da Votorantim Papel e Celulose (VCP) e Aracruz, depois dela ter perdido muito dinheiro com derivativos cambiais na crise de 2008. O Votorantim passou a ser acionista da Suzano posteriormente, após a compra da Fibria em 2018, já que a transação envolveu troca de ações. Agora, com o dólar nas alturas, o entendimento é de que o momento é o apropriado para a venda, já que isso tem ajudado a impulsionar o valor das ações da Suzano. Elas já tiveram alta de cerca de 40% em 2020. Procurado, o Votorantim não comentou.
Repeteco. Em outubro, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vendeu, em uma oferta subsequente de ações (follow on), R$ 6,9 bilhões em ações da Suzano. O movimento marcou a saída do banco de fomento da empresa. O JPMorgan foi o coordenador líder dessa oferta e também o assessor financeiro do block trade desta quarta-feira.