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Bastidores do mundo dos negócios

Windsor Hotéis deve vender mais unidades após dívida ir para a Enforce

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Foto do author Cynthia Decloedt
Por Gabriel Baldocchi (Broadcast) e Cynthia Decloedt (Broadcast)
Atualização:
No auge da pandemia, em 2020,  rede amargou queda de 44% nas receitas  Foto: Wilton Junior/AE

Tradicional bandeira no turismo do Rio de Janeiro, o Windsor Hotéis deve ser obrigado a abrir uma nova fase de venda de ativos para dar conta de seu endividamento. A previsão é que o movimento ganhe força após o Itaú ter negociado com a recuperadora de créditos Enforce, do BTG Pactual, uma parcela da dívida acumulada pela companhia nos anos agudos da crise hoteleira do Rio de Janeiro e acentuada ao longo da pandemia. O débito total do grupo, que pertence ao espanhol José Oreiro, chegaria a cerca de R$ 900 milhões, segundo fontes. A dívida é resultado de um processo de expansão iniciado antes da Copa e das Olimpíadas. No auge das dificuldades, o valor teria alcançado cerca de R$ 1,5 bilhão.

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Grupo já vendeu três ativos no Rio

Uma primeira leva de desinvestimentos já foi realizada pelo grupo. Nos últimos anos, foram negociados um hotel em Copacabana, o imóvel do antigo bingo Arpoador, e o edifício corporativo Serrador, no centro do Rio, no qual funcionou a sede da EBX, de Eike Batista. O grupo teria agora disposição para vender os dois hotéis de Brasília, fruto da única ofensiva do espanhol fora do Rio. O processo não deve parar aí. Para ter condições de pagar a dívida, seria preciso vender uma operação maior da rede no Rio, onde o grupo tem 15 hotéis. A entrada da Enforce é um fator de pressão nesse sentido.

Ocupação na rede está acima de 70%

O grupo é visto no mercado como competitivo e com uma operação redonda, apesar da dívida. A rede é a décima maior do País em números de quartos. Inaugurou no fim do ano passado sua 17ª unidade, na Barra da Tijuca, e finalizou o projeto de centro de convenções e hotéis na região, um espaço com 23 mil metros quadrados e 90 salas multiuso.

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A operação hoteleira vem se recuperando bem. A ocupação já está acima de 70% e a receita fechou o primeiro semestre com crescimento de 30% em relação a 2019, no pré-pandemia. Em agosto, ficou 50% acima na mesma comparação. No auge da crise sanitária, em 2020, a rede amargou queda de 44% nas receitas depois de ser obrigada a fechar hotéis.

Empresa espera recuperação total a partir de 2023

O grupo fala em recuperação parcial ao longo deste segundo semestre e total a partir de 2023. Sobre a questão do endividamento, afirma não comentar contratos com bancos, por questões de confidencialidade, e diz acreditar que a geração de caixa voltará a se compatibilizar com a dívida, sem a necessidade de vender novos ativos.

Esta nota foi publicada no Broadcast+ no dia 16/09/2022, às 16h17

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