Cynthia Decloedt
07 de junho de 2022 | 16h00
Carteira de crédito da XP somava R$ 11,5 bilhões no primeiro trimestre Foto: Matheus Lombardi
O Banco XP facilitou o acesso ao crédito por pessoas físicas, tirando a contratação das linhas somente das mãos dos agentes de investimento e colocando a oferta no aplicativo. A possibilidade foi aberta a 1,5 milhão dos clientes da marca XP. Incluindo Rico, o grupo XP fechou o primeiro trimestre com 3,5 milhões de clientes. O banco vem escalando aos poucos seu negócio de crédito. A oferta para as pessoas físicas foi lançada em fevereiro deste ano, assim como o crédito imobiliário, por meio da Direto, joint venture com a Direcional Engenharia.
No primeiro trimestre, a carteira de crédito da XP somava R$ 11,5 bilhões, a maior parte dela vinda de produtos mais maduros como empréstimos para empresas e para clientes investidores alavancarem posições. Em três anos, a XP acredita que elevará em dez vezes o tamanho de sua carteira de crédito. O modelo de concessão do banco sempre conta com a garantia dos investimentos que os clientes têm na casa. No caso das linhas imobiliárias, envolvem recebíveis ou os próprios imóveis.
Na linha de crédito livre para pessoa física, a XP nota a migração de clientes para o produto com intenção de quitar outros financiamentos, de custo mais alto, até mesmo envolvendo os tomados para aquisição de veículos. A contrapartida é que a atual crise tem prejudicado a qualidade dos tomadores. Mas a XP está justamente “surfando essa onda”, de acordo com o sócio da XP, Bruno Saads, aproveitando a qualidade das garantias.
O custo de tal crédito começa com uma taxa de 1,75% somado ao CDI para o período de três anos, por exemplo. A variação do juro, o prazo e o montante a ser liberado dependem do tipo ou da composição de investimentos que o cliente oferece como garantia. Mas Saads diz que, na média, o cliente consegue levantar o equivalente a 70% do que tem investido. Essa proporção pode alcançar 95% em caso da garantia ser de investimentos mais líquidos e de menor risco, como CDBs ou LFTs. Ou cair para 30% no caso de ações de empresas pequenas ou fundos mais complexos.
Esta nota foi publicada no Broadcast no dia 07/06/22, às 09h11
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