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Bastidores do mundo dos negócios

XP no centro da disputa entre Nyse e Nasdaq

A abertura de capital do Grupo XP, agora rebatizado para XP Inc., virou tema de uma disputa pelas ofertas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês) de empresas de tecnologia entre as Bolsas americanas Nyse e Nasdaq. Historicamente, a Nasdaq é referência na listagem de empresas ligadas ao setor e por muito tempo foi conhecida como "bolsa tecnológica". Já a Nyse tem nos últimos anos atraído algumas das maiores aberturas de capital do setor, como a do Spotify e da chinesa Alibaba. Entre as brasileiras, a Nasdaq vem saindo na frente desde o ano passado: levou o IPO da Stone, Arco Educação e Afya. A Nyse, contudo, ganha em volume financeiro. Ficou com o IPO multibilionário da Pagseguro e com as ações da empresa brasileira de TI Linx, que, na oferta subsequente (follow on) na B3, passou a ser listada também na Bolsa americana. Agora, a escolha da casa para o IPO da XP é altamente aguardada.

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Por Coluna do Broadcast
Atualização:

Quem dá mais? Nessa disputa, da qual a B3 foi deixada de lado, fica com o IPO quem oferecer mais às companhias. Um fator que tem pesado nas escolhas das empresas é a análise das companhias que já estão listadas em cada Bolsa - e ao lado de quais a candidata quer ser negociada. O interesse da XP nas Bolsas americanas, por sua vez, está nos múltiplos elevados que as empresas ligadas ao setor de tecnologia encontram por lá.

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Superpoder. Além disso está a possibilidade de fazer um IPO utilizando a estrutura de ações "superordinárias", o que resultará ao fundador da empresa, no caso Guilherme Benchimol, ter em mãos uma ação que tem mais poder de voto do que as vendidas no IPO. Essa estrutura permite que o executivo mantenha, mesmo com a oferta, controle decisório sobre a companhia. As empresas de tecnologia que abrem capital nos Estados Unidos estão adotando esse modelo.

Grupo formado. A XP já está com o sindicato de bancos formado para o IPO, programado para dezembro. Na "primeira linha" estão JP Morgan, Morgan Stanley, Goldman Sachs, Itaú BBA e a própria XP. Para a "segunda linha", onde ficam os "junior bookrunners", foram selecionados o Bank of America Merrill Lynch, Citi, Credit Suisse e UBS. Procurada a XP não comentou.

contato: colunabroadcast@estadao.com

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